domingo, 29 de março de 2020

FILMES CATÓLICOS



Filmes católicos em português gratuitos:

Santa Teresa de Ávila


Santa Teresinha do Menino Jesus


Santa Catarina de Labouré


Santa Bernadete


São João da Cruz


Damião - O santo de Molokai


Santa Benedita da Cruz - Edith Stein - A 7a. Morada


São Maximiliano Maria Kolbe - Vida por Vida



São Vicente de Paulo - O Capelão das Galeras



João Paulo I - O Sorriso de Deus



Nossa Senhora de Caravaggio



O Grande Silêncio - Sobre a Ordem dos Monges Cartuxos



Santo Agostinho - O Declínio do Império Romano



São João Maria Vianney - Cura d'Ars



Santa Teresa de Los Andes



Madre Paulina - Súdita de Deu


#catolicismo, #católicos

"O DIÁRIO DE ANNE FRANK" - em.quadrinhos


Obra online gratuita:

LITERATURA LATINA EM CORDEL



Literatura Latina em Cordel:





sábado, 28 de março de 2020

"GASLIGHT" (1940) - cinema



Gaslight é um filme de 1940 que trata de um comportamento psicótico homônimo, hoje, "gaslighting".

O termo vem sendo muito conhecido pelo movimento feminista. 

Deriva de uma técnica em que um marido psicopata, em abuso psicológico e emocional contra sua esposa, alterava o fluxo de gás das lamparinas da casa, utilizadas na época, com a finalidade de acusá-la de estar perdendo a sanidade ao ver coisas que não aconteciam.

Torturava a esposa escondendo objetos e acusando-a de ter pegado ou escondido, chamando-a de mentirosa, louca, insana.

Gaslighting é um distúrbio mental grave caracterizado por abusos diversos, emocional, psicológico, físico, patrimonial etc., que uma pessoa inflinge sobre sua vítima. Pode ser traço de outras psicopatologias, como a psicopatia, personalidade narcisista.

Seria complexo aprofundar sobre a finalidade, mas, a princípio, suprimento do sentimento de inferioridade do abusador, que se abastece do poder sobre a vítima para se sentir bem.

A obra cinematográfica é esclarecedora para estudos sobre o assunto, independente de qual área seja.

Linguagem simples, clara, sem rebuscamento, apesar dos recursos de cinema incipientes.

Percebe-se que foi fonte de outras obras, como a novela "O Profeta", escrita, originalmente, por Janete Clair, com remake posterior.

Indicado para grupos que possam compreender o assunto ou estejam sendo preparados para isso. Mulheres, essencialmente, ressaltando que é um gatilho potencialmente perturbador.


"Gaslight" (1940)

Considerações diversas

O filme traz muitas outras reflexões além do tema abuso, principalmente, questões psicológicas relacionas a isso.

Vou expondo os conflitos sobre os quais pensei assistindo à obra.

Primeiramente, como dito sobre gatilho, vítimas irão se identificar. E é doloroso, angustiante, assustador.

É possível compreender abusos sofridos vendo "de fora" da situação, ao mesmo tempo, em que há reconhecimento de si vivenciando situação igual ou muito próxima.

A própria empatia típica da vítima é inerente a esse reconhecer-se no outro e perceber-se vítima. Passa-se a questionar o outro e você mesmo, em como a autorresponsabilidade sobre nós mesmos pode nos tornar vítimas ou saber safar-se da situação.

Percebo que o abuso tem, intrinsecamente, um aniquilamento das defesas da vítima. E até que ponto é possível defender-se e responsabilizar-se pelas situações a que se submete ou atribuir o abuso tão somente ao abusador?

Fala-se muito sobre a culpa nunca ser da vítima. E procede. Entretanto, em sessão de análise psicanalítica, a analista abordou a minha posição e responsabilidade de estar naquela situação. Ainda estou pensando - e estudando - sobre.

Pude perceber, também, que é usual que repitamos padrões familiares. Ao investigar certo comportamento, certamente, há alguma reprodução de modelos já vivenciados no âmbito da família, seja em posição "ativa" ou "passiva" (vítima).

E a própria capacidade de retirar-se da situação de abuso, também, vem de habilidades adquiridas em desenvolvimento familiar, aprofundadas ou não pelo lívre-arbítrio.

Em última instância, somos frutos de nossa criação, mas podemos escolher outras formas sociais de acordo com o que sentimos e como nos posicionamos diante disso. Não dá pra colocar a culpa nos pais e não fazer nada em prol de si, embora nada fazer é uma das escolhas.

Daí, o conceito de família pode ser discutido. Não pretendo adentrar essa discussão, nem é relevante para o abordado no momento, mas é algo que merece atenção, sobretudo às funções materna e paterna na formação de uma pessoa. Lembrando que me referi à função e não ao gênero de quem a exerce.

O assunto e todas suas ramificações são direcionados à proteção da vítima primordialmente. Contudo, como extrema empata, penso no outro lado: como poderia ser inserido o tema para recuperação do abusador.

A sociedade preocupa-se com a vítima por razões óbvias maniqueístas - salve o bem e abomine o mal. Porém quem seria o mal? Não há duplicidade de papéis em algum momento? Quem vai olhar para o agressor, que não deixa de ser uma vítima da sua própria mente, autofágico.

Tudo indica que as pessoas tendem a posicionar-se em prol da defesa do local onde esteve. E, quase, unanimemente, o sofrimento da vítima revela-ss mais pungente a ponto de procurar ajuda.

Talvez, o próprio distúrbio do agressor carregue consigo características típicas da personalidade que o impedem de enxergar o prejuízo que causam (ausência de empatia), dificuldade em reconhecer falhas em si, fragilidade de ego que não suporta ser posta em cheque etc.

Volto a pensar: vítimas devem ser tratadas e recuperadas e o que fazer com agressores irreversíveis, por exemplo? Ainda não sei.

Por Fiametta F.




sexta-feira, 6 de março de 2020

GILLES LIPOVETSKY - Sobre o presente e o valor da liberdade



Há alguns anos atrás, em alto mar, num fantástico evento de observação de baleias, estava a postos com câmera fotográfica na mão.

Havia uma baleia perto da embarcação e estávamos aguardando que ela emergisse. Não sabemos de qual lado ela pode subir à superfície da água. Todos em silêncio atentos observando em ângulo de 360o.

Eis que a baleia surge como foguete e faz um belo salto - sorte nossa!

Ninguém conseguiu fazer a foto do salto. Não deu tempo de olhar e fotografá-la na direção dela. São segundos que não permitem fazer duas coisas ao mesmo tempo, sem sacrificar a inteireza da presença em um deles.

Diria que a inteireza no momento presente não permite a concomitância em mais de um presente.

Fui perguntar às pessoas se alguém tinha conseguido registrar o momento. Ninguém. Até que jovem senhora francesa respondeu que sim, havia registrado o momento. Pedi que me passasse a fotografia tão desejada. Foi então que ela apontou para testa e disse algo como "registrei aqui".

Essa situação me parou no tempo. Senti-me como que num deslocamento naquele espaço e tempo. Como se todo o sentido de estar ali experienciando a vida tivesse seus significados totalmente remexidos em poucos segundos.

Pensei. É. Ela tem razão. Talvez, tenha sido quem mais experimentou o encanto do momento, despreocupada com fotos e filmagens que pudessem reduzir sua atenção.

E, hoje, assistindo a uma entrevista do filósofo Gilles Lipovetsky, curiosamente francês, me deparo com afirmações que me remeteram exatamente àquele momento no barco há quase 10 anos.

Seguem alguns trechos da entrevista de Lipovetsky, entrando em contato com o seu pensamento.

"O passado não me interessa. Nada, absolutamente nada. Eu sou assim. Não sou homem do passado. Dizem-me que é preciso ler sobre. Estou-me nas tintas. Não leio isso.
Nunca tiro fotografias, nunca. Ando pelo mundo inteiro. Nunca tiro fotografias. Não me interessa. Fica na cabeça. Não me emociono com as coisas do passado.
Eu não sei nada disso. Nem sequer sei tirar fotografias. Porque aquilo que me interessa é... Aliás, isto é muito filosófico. 
Os pensadores gregos diziam que o único tempo que existe é o presente, porque o passado já passou, bem... já passou.
E o futuro... se calhar, já estaremos mortos.
O importante é o presente. Acho que esta é a verdade. 

Sou cético sobre o poder da Filosofia. Diz-se muito que a Filosofia muda a vida. Não acredito em nada disso.
A Filosofia não mudou a minha vida.
O que muda a minha vida são os encontros com as pessoas, as experiências que tenho, a minha profissão... mas, os livros?!
Não é isso que nos dá a felicidade. Há a felicidade de trabalhar, claro, mas podia sempre fazer outra coisa.
Não é o pensamento filosófico que transforma a minha existência. É o trabalho, o trabalho. Porque eu gosto de refletir. É o prazer de compreender. Mas não acredito que a filosofia ajude a viver.
Não acredito em nada disso. Nada. Nunca acreditei nisso.
Sou filósofo porque me interessa. Gosto de compreender. Mas é tudo. Não partilho a grande fé filosófica que vem da Filosofia grega, até Spinosa, que pelo pensamento se transforma a existência. Não.
Aliás, conheço alguns filósofos neste mundo e não acho que vivam melhor a outros homens. Vivem como toda gente. Pensam de forma diferente, isto sim, mas pensar não é viver.

(...)

À escala de uma racionalidade pura, não necessitamos de 800 perfumes por ano.
É um desperdício, como se diria antigamente, um desperdício haver 800 perfumes. Tem toda razão. Mas 95% desses 800 perfumes desaparecem ao fim de um ano ou dois. 
Fala-se em liberdade e diversidade, mas há, também, velocidade e efemeridade. As coisas desaparecem.
É o que designamos por obsolência dos produtos. Não, claro que não.
O capitalismo não tem uma estratégia de racionalidade global. A sua única racionalidade é a de aumentar o volume de negócios, aumentar a rentabilidade.
Um raciomalista puro e duro dirá que tudo isto é horrível. Se se levar em conta a condição humana e se se disser: "bem, a racionalidade é apenas uma parte da condição humana e há uma outra dimensão. E essa dimensão, o quê é?" É a dimensão estética, no sentido grego do termo, a vida das sensações, a vida sensível.

A vida sensível não é racional. Aí não há dúvida. 
Bem, talvez, a economia não seja racional porque visa essa parte da vida humana que não é racional, que é a dimensão estética, a "aesthesis" dos gregos.
A vida sensível não é racional.
A publicidade tem um papel inegável sobre o consumo. O comércio, claro.
Vemos iogurtes de uma marca qualquer, e compramis iogurtes dessa marca ao invés de uma outra. Há uma influência inegável da publicidade. De acordo, não o contesto.
Mas o que me parece injusto é reduzir o homem ao consumidor. É importante, mas não é só isso. A vida não é só consumo.
Não é a publicidade que o leva a escolher a namorada, que o leva a casar-se ou a ter filhos. A publicidade não tem nada a ver com isso. Nada.
Em outras palavras, a publicidade tem poder sobre o quê? Sobre as coisas não essenciais. 
Comprae um iogurte de uma marca em vez de outra, para os filósofos, talvez seja um drama, mas, na vida, o que é que representa? Nada. Talvez um ataque à liberdade.
Mas, como dizia Descartes, ao grau mais baixo da liberdade. 
A verdadeira liberdade é o que se faz da vida: a escolha de uma profissão, o casamento ou não, o divórcio, o fato de ter filhos, de trabalhar... Isto, sim, é a luberdade humana. Mudar o governo, mas não o consumo.
Sobre os aspectos que não são consumo, a publicidade vale zero. "

("O Valor da Liberdade - 1o. Episódio (Gilles Lipovetsky)", Canal YouTube FFMSPT, 24/02/15)

"A Docência e a Dilvulgação Científica no Ensino de Ciências", Wender Faleiro, Marina Valentin Barros e Mauro Antonio Andreata



Download gratuito em PDF.

FALEIRO, Wender; BARROS, Marina Valentin e ANDREATA, Mauro Antonio. A Docência e a Divulgação Científica no Ensino de Ciências.

"A DESOBEDIÊNCIA CIVIL", Henry Thoreau



Download gratuito em PDF e português.

segunda-feira, 2 de março de 2020

MANUAL DE ERVAS DANINHAS DA UFMG


Manual para identificação de plantas daninhas brasileiras desenvolvido pela UFMG, disponibilizado gratuitamente.

Está em inglês, mas com as imagens e nome científico é possível entender.


Autores: Márcio Venícius B. Xavier, Rúbia S. Fonseca.
Categoria: Plantas.
Localização: América Tropical Brasil.
Ano de publicação: 2019.