quarta-feira, 26 de junho de 2019

DICIONÁRIO INDÍGENA - Tupi-guarani


Dicionário Ilustrado Tupi-guarani.

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segunda-feira, 24 de junho de 2019

"DIÁLOGO EM 1929", por Fiametta Franchin


"- Melhor morrer de vodka do que de tédio.
- Eu prefiro empregar o meu dinheiro em livros do que em álcool, Charles." 
("Diálogo em 1929", por Fiametta Franchin, 24/06/19)


"QUARTO DE DESPEJO", de Carolina Maria de Jesus (#7)



Quarto de despejo" (1960) de Carolina Maria de Jesus (1914-1977) é uma obra biográfica do gênero diário (subtítulo "diário de uma favelada"), cujo estilo de época pode ser considerado o Contemporâneo, pois não se enquadra em nenhuma escola propriamente dita.

Percebe-se o tom poético em prosa, embora não se trate de poesia em prosa.



O narrador é a autora e personagem da narrativa.

O espaço onde se passa o enredo é a favela Canindé, às margens do Rio Tietê na cidade de São Paulo (não existe mais).

O tempo contempla os anos de 1885 a 1960.

Carolina nasceu em Minas Gerais, pobre, "autodidata", aprendeu a ler por livros e revistas que achou na rua e bibliotecas de pessoas a quem trabalhou como empregada.



Em 1948, Carolina deixa a favela.  Possui 3 filhos: João José de Jesus, José Carlos de Jesus e Vera Eunice Jesus de Lima.

A autora foi escoberta pelo jornalista Audálio Dantas, que fazia uma reportagem na favela Canindé.

Dantas ouve discussões entre os moradores em que identifica a expressão "Vou colocar no meu livro". Interessa-se pela pessoa que falou a frase, era Carolina, escritor e poeta. 

E o jornalista a acompanha até o barraco, ela  mostra a ele cadernos manuscritos. Esses escritos tornam-se o livro, publicado em 1960, como "best seller".



A obra foi traduzido em 13 línguas, pautou estudos sociológicos, culturais. 

Entretanto, o sucesso foi passageiro. 

Carolina grava um álbum musical com  músicas compostas por ela, sem sucesso. 

Compra casa, sai da favela, lança outros livros, sem impacto, quais sejam, "Casa de alvenaria", "Pedaços de fome".



Falece em 13 de fevereiro de 1977, aos 62 anos. Sua filha, Vera Eunice, torna-se professora.

Características da obra: visão de dentro, voz do pobre falando dele mesmo, proprietário da narrativa se manifestando. Singularidade, quebra de expectativas, de estereótipo: mulher nrgra, pobre, mãe solteira, favelada catadora de papel e escritora.

A revisão de Audálio Dantas gera suspeitas de veracidade da obra. Todavia, Manuel Bandeira chancela a autoria de Carolina, afirmando que, ainda que a história fosse inventada, o discurso não o era.

Clarice Lispector e Carolina de Jesus


Estrutura narrativa: diário pessoal (narradora protagonista).

Linguagem simples e rebuscada, palavras incorretas ("iducada") e funestas, tépida. Desenvolve-se, aprimora-se no decorrer do tempo.

Denúncia social: violência, sexo, miséria, fome, vício. Não há alusão a crimes.



Personagens: Carolina, filhos, Sr. Manoel, Orlando Lopes (espécie de cobrador agiota), Cigano, pai de Vera.

Tempo: 15 a 28 de julho de 1955, 02 a 31 de maio a dezembro de 1958, 1o de janeiro a 31 de dezembro de 1959 e 1o de janeiro de 1960.

Vida na favela faz referência ao Mito  de Sísifo: castigo pelos deuses tralizando as mesmas atividades diariamente (acorda busca água, faz café, catadora). Não gosta de final de semana, trabalha mais. Primeiro e último dias são iguais.

Importância da educação. Consciência social de sua negritude (considera-se bonita sendo megra) e política (cita o Prefeito Jânio Quadros, o Presidente Juscelino Kubitschek, o Governador  de São Paulo Adhemar de Barros).

Metáfora da obra: o quarto de despejo é a favela, onde se joga o que ninguém quer ver: 
"Estou no quarto de despejo, e o que está no quarto de despejo ou queima-se ou joga-se no lixo." (JESUS, Carolina Maria de. "Quarto de despejo")

"Eu classifico São Paulo assim: O Palácio é a sala de visita. A Prefeitura é a sala de jantar e a cidade é o jardim. E a favela é o quintal onde jogam os lixos."  (JESUS, Carolina Maria de. "Quarto de despejo")

Metalinguagem: "vou por seu nome no meu livro", livro forma de resistencia? Luta, sobrevivencia.



Tema "água": todas as manhãs, buscam água, água cobrada.

"(...) fui buscar água. Fiz o café. Avisei as crianças que não tinha pão (...)" (16/07/1955)  (JESUS, Carolina Maria de. "Quarto de despejo") 

"(...) Já faz seis meses que eu não pago a água. 25 cruzeiros por dia." (11/07/1958)  (JESUS, Carolina Maria de. "Quarto de despejo")

"(...) Eram 4 horas quando eu fui pegar água, porque o tal Orlando Lopes disse que não deixa eu pegar água." (29/06/1959)  (JESUS, Carolina Maria de. "Quarto de despejo")

"Levantei as 5 horas e fui carregar água." (1o/01/1060)  (JESUS, Carolina Maria de. "Quarto de despejo")

Tema "favela":

"(...) As oito e meia da noite eu já estava na favela respirando o odor dos excrementos que mescla com o barro podre. Quando estou na cidade tenho a impressão que estou na sala de visita com seus lustres de cristais, seus tapetes de viludos, almofadas de sitim. E quando estou na favela tenho a impressão que sou um objeto fora de uso, digno de estar num quarto de despejo."  (JESUS, Carolina Maria de. "Quarto de despejo")

"(...) Chegou um caminhão aqui na favela. O motorista e o seu ajudante jogam umas latas. É de linguiça enlatada. Penso: É assim que fazem esses comerciantes insaciáveis. Ficam esperando os preços subir na ganância de ganhar mais. E quando apodrece jogam fora para os corvos e os infelizes favelados."  (JESUS, Carolina Maria de. "Quarto de despejo")

"(...) Está chovendo. Eu não posso ir catar papel. O dia que chove eu sou mendiga. Já ando mesmo trapuda e suja. (...) Os favelados são considerados mendigos. Vou aproveitar a deixa."  (JESUS, Carolina Maria de. "Quarto de despejo")

"(...) Quando vou na cidade tenho a impressão que estou no paraízo. (...) Aquelas paisagens há de encantar os olhos dos visitantes de São Paulo, que ignoram que a cidade mais afamada da América do Sul está enferma. Com suas úlceras. As favelas."  (JESUS, Carolina Maria de. "Quarto de despejo")

"(...) Morreu um menino aqui na favela. Tinha dois meses. Se vivesse ia passar fome."  (JESUS, Carolina Maria de. "Quarto de despejo")

Tema "datas festivas":

"15 de julho - Aniversário de minha filha Vera Eunice. Eu pretendia comprar um pai de sapatos para ela. Mas o custo dos gêneros alimentícios nos impede a realização dos nossos desejos. Atualmente somos escravos do custo de vida. Eu achei um par de sapatos no lixo, lavei e remendei para ela calçar."  (JESUS, Carolina Maria de. "Quarto de despejo")

"11 de maio - Dia das Mães. O céu está azul e branco. Parece que até a natureza quer homenagear as mães que atualmente se sentem infeliz por não poder realisar os desejos dos seus filhos."

"15 de julho - Hoje é aniversário da minha filha Vera Eunice. Eu não posso fazer uma festinha porque isto é o mesmo que querer agarrar o sol com as mãos. Hoje não vai ter almoço. Só janta."  (JESUS, Carolina Maria de. "Quarto de despejo")

"06 de agosto - Fiz o café para o João e o José Carlos, que hoje completa 10 anos. E eu apenas posso dar-lhe os parabéns, porque hohe nem sei se vamos comer."  (JESUS, Carolina Maria de. "Quarto de despejo")

"10 de agosto  - Dia do papai. Um dia sem graça."  (JESUS, Carolina Maria de. "Quarto de despejo")

Visão política:

"(...) A democracia está perdendo seus adeptos. No nosso país tudo está enfraquecendo. O dinheiro é fraco. A democracia é fraca e os políticos fraquíssimos. E tudo que é fraco morre um dia". (JESUS, Carolina Maria de. "Quarto de despejo")

"Quem governa o nosso país é quem tem dinheiro, quem não sabe o que é fome, a dor e a aflição do pobre. Se a maioria revoltar-se, o que pode fazer a minoria?" (JESUS, Carolina Maria de. "Quarto de despejo")

"(...) De quatro em quatro anos muda-se os políticos e não soluciona a fome, que tem sua matriz nas favelas e as sucursais nos lares dos operários." (JESUS, Carolina Maria de. "Quarto de despejo")

"(...) O povo não está interessado nas eleições, que é o cavalo de Tróia que aparece de quatro em quatro anos." (JESUS, Carolina Maria de. "Quarto de despejo")

"(...) O Brasil precisa ser dirigido por uma pessoa que já passou fome. A fome também é professora." (JESUS, Carolina Maria de. "Quarto de despejo")

Tema "alcoolismo":

"Hoje a Leila está embriagada. E eu fico pensando como é que uma mulher que tem duas filhas em idade tenra pode embriagar-se até ficar inconsciente. E se ela rolar na cama e esmagar a recém nascida?" (JESUS, Carolina Maria de. "Quarto de despejo")

"(...) a Zefa é mulata. É bonita. Só que ela bebe muito. Ela já teve duas filhas, e bebia muito. Esquecia de alimentar as crianças, e elas morreram."

"(...) Ela está bêbada. Um menino de nove anos. O padrasto bebe, a mãe bebe e a avó bebe. E ele é quem vai comprar pinga. E vem bebendo pelo caminho." (JESUS, Carolina Maria de. "Quarto de despejo")

"(...) Eu prefiro empregar o meu dinheiro em livros do que em álcool." (JESUS, Carolina Maria de. "Quarto de despejo")

Tema "fome":

"(...) Percebi que no frigorífico jogam creolina no lixo, para o favelado não catar a carne para comer. Não tomei café, ia andando meio tonta. A tontura da fome é pior do que a do álcool. A tontura do álcool nos impele a cantar. Mas a fome nos faz tremer. Percebi que é horrível ter só ar dentro do estômago." (JESUS, Carolina Maria de. "Quarto de despejo")

"(...) Como é horrível ver um filho comer e perguntar: 'tem mais?' Esta palavra 'tem mais' fica oscilando dentro do cérebro de uma mãe que olha as panelas e não tem mais." (JESUS, Carolina Maria de. "Quarto de despejo)

"Sábado é o dia que fico louca porque preciso arranjar o que comer para o sábado e o domingo." (JESUS, Carolina Maria de. "Quarto de despejo)

"Os meus filhos estão sempre com fome. Quando eles passam muita fome eles não são exigentes no paladar." (JESUS, Carolina Maria de. "Quarto de despejo")

" - Mamãe, vende eu para a Dona Julieta, porque lá tem comida gostosa." (JESUS, Carolina Maria de. "Quarto de despejo")

Tema "Literatura":

"12 de junho - Eu deixei o leite as 3 horas da manhã porque quando a gente perde o sono começa a pensar nas misérias que nos rodeia. Deixei o leite para escrever. Enquanto escrevo vou pensando que resido num castelo cor de ouro que reluz na luz do sol. Que as janelas são de prata e as luzes de brilhante. Que a minha vista circula no jardim e contemplo as flores de todas as qualidades. É preciso criar este ambiente de fantasia, para esquecer que estou na favela." (JESUS, Carolina Maria de. "Quarto de despejo")

"(...) Toquei o carrinho e fui buscar mais papéis. A Vera ia sorrindo. E Eu pensei no Casimiro de Abreu, que disse: 'Ri criança. A vida é bela'." (JESUS, Carolina Maria de. "Quarto de despejo")

"(...) A vida é igual um livro. Só depois de ter lido é que sabemos o que encerra. E nos quando estamos no fim da vida é que sabemos como a nossa vida decorreu. A minha, até aqui, tem sido preta. Preta é a minha pele. Preto é o lugar onde eu moro." (JESUS, Carolina Maria de. "Quarto de despejo")



Outras citações:

"Eu ando tão preocupada que ainda não contemplei os jardins da cidade."  (JESUS, Carolina Maria de. "Quarto de despejo")

"Eu não consegui armazenar para viver. Resolvi armazenar paciência."  (JESUS, Carolina Maria de. "Quarto de despejo")

"O Brasil precisa see dirigido por uma pessoa que já passou fome. A fome também é professora."   (JESUS, Carolina Maria de. "Quarto de despejo")

"(...) parece que vim ao mundo predestinada a catar. Só não cato a felicidade."  (JESUS, Carolina Maria de. "Quarto de despejo")

Fonte das imagens: coletânea de Internet.


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"MORTE E VIDA SEVERINA", de João Cabral de Melo Neto (#6)




"Morte e vida severina" é uma obra de João Cabral de Melo Neto do gênero peça de teatro em versos, poema dramático. Também, poema de natal pernambucano.  O espaço onde ocorre o enredo é da Caatinga para Recife, Pernambuco, na segunda metade do século XX. A obra foi produzida na Terceira Geracão do Modernismo de 45.

O autor é conhecido por ser um poeta antissentimental (ausência do lírico, apagamento do "Eu"), antimusical, poeta racional (se intitula "o engenheiro", faz cálculos literários).

João Cabral é conhecido pelos versos substantivos (substantivo predominante, como "pedra", inanimada).

A obra trata-se de uma crítica social não-panfletária (não Socialista, sem bases marxistas, embora musicado por Chico Buarque).

A peça é dividida em 18 cenas, estas subdividem-se em duas partes: da 1a até a 12a - ocorre a fuga do Severino (morte); da 13a ao final - Severino chega em Recife (vida).

Cena 1 - Severino se apresenta, somos são "severinos".
Cena 2 - a morte por emboscada.
Cena 3 - a morte da natureza, o Rio-guia (Capibaribe) seca.
Cena 4 - velório.
Cena 5 - pausa para arrumar um trabalho.
Cena 6 - conversa com rezadeira, que diz que só tem trabalho quem trabalha com os ofícios da morte.
Cena 7 - Severino chega à Zona da Mata, vê vegetação, mas sem pessoas, acha que estariam descansando.
Cena 8 - pessoas estão no funeral de um Lavrador. Música de Chico Buarque: "É a parte que te cabe deste latifúndio".
Cena 9 - esperanças morrendo.
Cena 10 - chegada em Recife, ouve dois coveiros no cemitério falando sobre a morte na cidade.
Cena 11 - a descoberta de Severino do próprio enterro, pensa em suicídio.
Cena 12 - diálogo com Mestre Carpina, Seu José.
Cena 13 - anúncio do nascimento, filho do Mestre Carpina.
Cena 14 - visitas ao nascido.
Cena 15 - criança recebe presentes simples (Reis Magos).
Cena 16 - as ciganas fazem previsões de trabalho para Severino. Loas - louvor a vida da criança.
Cena 18 - exaltação à vida - Mestre Carpina mostra o filho, Severino entende que a vida vale a pena, desiste do suicídio.

Características:
Peça escrita em 1954 e encenada em 1965. Música Chico Buarque, venceu o Festival de Nancy, na França.

Temática social - seca, fome, exclusão social, invisibilidade do nordestino.

Visão de esperança relativizada.

O Auto - referência às peças de teatro medieval, tradição ibérica, espanhola, portuguesa.

Auto dentro do Auto (peça dentro da peça) - estrela-guia: rio-guia, pastores: Severinos, Mestre Carpina: São José, Mocambo: Presépio.

Rehional x Universal - não poema religioso, inspiração na Kiteratura de Cordel. 

Poema de exceção (fácil, musicado).

Composição poética: 1241 versos heptassílabos, maioria redondilha maior (cadência popular).

Severino (substantivo próprio) torna-se substantivo comum (Severinos coletivo), depois adjetivo: vida severa, repleta de restrições.

Especial da Globo exibido em 1981.


" 'Funeral de um lavrador'
(Chico Buarque)

Essa cova em que estás
Com palmos medida
É a cota menor
Que tiraste em vida

É de bom tamanho
Nem largo
Nem fundo
É a parte que te cabe deste latifúndio

Não é cova grande
É cova medida
É a terra que querias ver dividida

É uma cova grande
Para teu pouco defunto
Mas estarás maus ancho
Que estavas no mundo

É uma cova grande
Para teu defunto parco
Porém mais que no mundo
Te sentirás largo

É uma couva grande
Para tua carne pouca
Mas a terra dada
Não se abre a boca

É a parte que te cabe neste latifúndio
É a terra que querias ver dividida."



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domingo, 23 de junho de 2019

"LUCÍOLA", de José de Alencar (#5)




"Lucíola", de José de Alencar, é do gênero romance urbano na Corte do Rio de Janeiro em 1855, cujo estilo de época é o Romantismo. Narrador em primeira pessoa: Paulo.

Enredo e personagens:

Paulo da Silva chega à Corte do interior. Conhece uma "mulher desacompanhada" (prostituta), Lúcia, a cortesã mais luxuosa do Rio. 

Paulo se apaixona por ela, passa a visitá-la. Não se envolvem num primeiro momento, nem fisicamente.
Lúcia parecia fatal e ingênua ao mesmo tempo.

Lúcia faz uma "performance" erótica em uma festa, que impressiona a todos.

Na festa, aparecem as personagens Rochinha, um jovem devasso, e o Sr. Couto, um velho devasso.

Paulo envolve-se com Lúcia. Passa a morar con ela. A cortesã deixa as atividades na Côrte para dedicar-se à Paulo. Começa-se a falar que ela estaria sustentando Paulo, quando ele pede que ela volte à Corte.

Lúcia revela sua história. Diz que foi obrigada a levar essa vida. Aos 14 anos, com a família doente, Sr. Couto ofereceu moedas para relacionar-se sexualmente com ela, o que ocorre.

Ao contar para o pai sobre a origem do dinheuro, ele expulsa Lúcia de casa. Vai para o prostíbulo de Jesuína e Jacinto. Da pureza de Maria da Glória passa a assumir a identidade de mulher fatal de Lúcia (lúcifer), que dita as regras.

Embora fosse mulher pobre e prostituta, Lúcia é considerada excêntrica, pois ela dita as regras do jogo.

Lúcia continua suas atividades para dar um dote à irmã Ana, para que não tenha a vida dela.

Retira-se da Côrte para ficar com Paulo. O amor carnal passa a espiritual. O casal leva Ana (14 anos) pra morar com eles em uma chácara.

Lúcia anuncia gravidez a Paulo. Paulo fica feliz e dá a notícia a todos. A saúde de Lúcia se agrava devido um problema de coração. Fraca, diz a Paulo sobre a possibilidade de o filho não nascer, manifestando desejo de morrer com o filho. Ela pede que Paulo se case com Ana, ele se nega. Lúcia falece. Paulo torna-se tutor Ana. Ana casa-se.

Algum tempo depois, Paulo conhece a senhora G.M., que fala mal das cortesãs, Paulo as defende. Passa a escrever cartas sobre suas história de amor à G.M., que as publica em forma da obra "Lucíola".

Trata-se de romance epistolar composto pelas cartas de Paulo a G.M., publicado como Lucíola (vagalume que brilha no meio do charco e morre rapidamente).

Trilogia dos perfis de mulher de Alencar: "Diva", "Lucíola", "Senhora".

Exaltação do amor como grande tema: Paulo vence o preconceito por amor, assim como G.M. que, também, pelo amor entre Paulo e Lúcia se interessa em produzir a obra, tendo o papel de editora do livro.

Dualidade de Lúcia: mulher anjo Maria da Glória x mulher demônio Lúcia. Prevalece aquela pura de alma, cujo corpo se perverteu, mas o coração não.

Intertextualidade: "A Dama das Camélias", de Alexandre Dumas Filho, Lúcia lê a obra e revela discordar de Gauthier, pois se amava Armand Duval, não deveria se entregar a outro homem. Referência a prostituta de casta pura.

Traços realistas na corrupção da sociedade.

Final moralizante: amor e morte. Tributo à sociedade conservadora com a morte, embora tenha ousado em colocar uma mulher cortesã como protagonista que subverte as regras sociais de poder da época.

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LEV VYGOTSKY


Lev Vygotsky (1896-1934) foi um russo que desenvolveu a teoria do conhecimento sócio-histórica.

As atividades superiores advém das atividades sociais, considera o contexto histórico.

Zona de desenvolvimento: indivíduo nasce com o desenvolvimento real. Atinge a zona de desenvolvimento proximal com o auxílio de outra até alcançar o desenvolvimento potencial.

#psicologia, #cultura, #educação, #vygotsky, #teoriadoconhecimento

JEAN PIAGET - biólogo e psicólogo sueco



Jean Piaget (1896-1980) foi um sueco biólogo, mas que se debruçou na Psicologia do Desenvolvimento. Autor da Epistemologia genética.

Por intermédio de estudos rigorosos sobre experimentação, o autor concluiu que o desenvolvimento cognitivo humano se dá em uma mesma direção, independente de fatores como cultura, contexto social, político etc., resultando num conhecimento real pleno e completo a todos.

Não havia preocupação em formular uma teoria educacional.

Epigênese: o conhecimento não procdde nem da experiência única, nem de formação inata, isoladamente, mas de transformações sucessivas com elaborações de estruturas novas.

A gênese do conhecimento está no sujeito em interação com o objeto, construção de conhecimento a partir de suas estruturas internas.

Evolução da filogenia humana (construição do homem). Origem biológica autorregulatória isenta de processos de desenvolvimento isolado, mas ativada por processos de interação do organismo com o meio físico e social, fundantes do pensamento lógico.

Das formas primitivas da mente socializando, interagindo, são reorganizadas pela psique socializada. Relações interdependentes entre o sujeito conhecedor e o objeto a ser conhecido.

Equilibração - conhecimento do meio que explica o processo de desenvolvimento humano.

Os fatores invariantes e variantes (esquemas e unidade básica de pensamento) são básicos do desenvolvimemto humano. Ao nascer, apresenta estruturas sensoriais e neurológicas (sinapses). Inteligência não é herdada, mas construída na interação entre o homem o e meio ambiente em que ele estiver inserido.

Novas formas de adaptação por um processo de construir (equilibração) -  assimilação (tentativa de solucionar situação a partuirda estrutura cognitiva do momento) e acomodação (modificação da estrutura mental anterior, transformação).

Teoria sócio-interacionista: o conhecimento ocorre na interação entre o elemento orgânico e o ambiente, enfatizando as necessidades e a experiência.

A criança não é um adulto em miniatura, mas pensa conforme seus estágios de desenvolvimento, em que o conhecimento é construído continuamente por toda a vida, quais sejam, os que abarcam a infância e adolescência.

Características dos estágios: ordem de sucessão constante; apresentam idades médias variáveis; integração do conjunto existente e das reações particulares.

Estágios:
Período sensório-motor (0-2 anos): do nascimento até a aquisição da linguagem. Inteligência motora ou prática. Atividades ligadas aos estímulos somestésicos e motores, necessidade de interagir com o meio. Acões - reflexos, mecanismos hereditários, instintos, primeiras emoções. Não compreende abstração.

Período pré-operacional (2-7 anos):  capacidades - início do domínio da linguagem e representação do mundo por símbolos. Distinção das cousas e seus significados. Egocentrismo - dificuldade em aceitar a vontade do outro, centração em si. Linguagem - mudança de comportamento relacionada à aquisição da linguagem (relatar ações passadas e antecipar as futuras, logicidade). A linguagem traz o jogo simbólico, a imitação, animismo. Fase dos "porquês". Inteligência sensório-motora para a do pensamento, mediada pela linguagem e pela socialização, evolução integrativa de qualidade e quantidade de experiências.

Período operatório-concreto (7-12 anos):  aumento da capacidade de raciocínio, início da capacidade de reflexão diante do objeto. Ações operatórias - seriação e classificação (percepção das diferenças entre as coisas em níveis progressivamente mais complexos). Domínio dos conceitos de tempo e número. Sentimento de justiça. Desenvilvimento da socialização leva ao aumento da compreensão das regras.

Período operacional-formal (a partir dos 12 anos):  capacidade de pensamento abstrato, processa vários tipos de raciocínio. Ação aplicada às hipóteses. Ações combinatórias e correlatórias. Desenvolvimento de teorias., hipóteses. Hereditariedade, maturação e o meio são variáveis do desenvolvimento humano. Desenvolvimento moral - anomia (instinto), heteronomia (receber ordem e cumpri-la) e autonomia (assimilação e ação, senso crítico).

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"OS IRMÃOS KARAMÁZOV", de Fiódor Dostoiévksi (#4)



"Os Irmãos Karamázov" é o último romance de Fiódor Dostoiévski. Foi publicado em 1980. O autor planejou uma segunda parte da obra, a qual não foi produzida, pois ele faleceu.

O romance tem uma ambição panorâmica sobre a Rússia, trazendo questões sociais, econômicas, psicológicas, filosóficas, jurídicas, religiosas etc.

Romance policial, investigação sobre a alma humana. Crítica à Igreja Católica e ao Socialismo.

A narrativa é oscilante de acordo com o desenvolvimento dramático, acompanhando-a.

Fiódor é um pândego que enriquece pelo dote do casamento. Casa com duas mulheres e tem filgos com três. Apropria-se do dinheiro dos filhos a que tinham direito por herança.

O filho Dmitri segue o comportamento do pai, embora seja diferente da avareza do pai. Tem aspirações muito elevadas, embora esteja aquém delas.

Ivan é o filho intelectual, representa a juventude europeizada. Tem uma percepção aguçada do mundo, do mal incutido na sociedade. É um proto-existencialista. 

Romance polifônico em que aams personagens possuem independência e profundidade que não se confundem com as do autor da obra.

Aliócha, filho mais novo, devoto à religiosidade, sensato, mediador.

Smierdiakóv, filho de uma mendiga, provavelmente abusada por Fiódor, acolhido e criado pelo servo da casa.

Os irmãos foram criados por parentes após a morte da mãe.

Há um crime, cujos irmãos Karamázov são os suspeitos.

"Karamázov Brothers" (3/3)

"I fratelli Karamázov" - 1969 
(de Sandro Bolchi)
(1/7)


"I fratelli Karamázov" - (3/7)

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"INCUBAÇÃO - UM ESPAÇO PARA MONSTROS", de Bhanu Kapil (#3)




"Incubação - um espaço para monstros", de Bhanu Kapil, é um romance experimental, considerado um romance-poema transgressor dos limites do gênero.

O livro pode ser entendido como a incubadora de um monstro.

Aborda a biologia como discurso, restringindo-a a realidade que pode ser entendida.

Dialoga com as noções de cyborgue e monstros.

Lalu é a personagem principal, de origem indiana, mas vive na Inglaterra. É ser cyborgue híbrido.

Reflexão sobre realidades híbridas, não sustentadas sobre discursos hegemônicos, como na biologia. Proposta de discurso não-binário.

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sábado, 22 de junho de 2019

MARIA FIRMINA DOS REIS - escritora brasileira maranhense

Maria Firmina dos Reis (assinou, no início, como "Uma maranhense"), escritora negra da cidade de Guimarães, no Maranhão. 

Foi a pioneira na literatura abolicionista, antes mesmo de Lei Áurea e Castro Alves. Traz a opressão racial, feminina, a idealização da natureza, visão maniqueísta.

"Úrsula", de 1859, é um romance considerado o primeiro abolicionista.  Narrativa da escravidão a partir do escravo.
Trata-se de uma história amor, da opressão masculina sobre Úrsula e sua mãe Luiza B, a quem o irmão/tio de Úrsula persegue.
Úrsula conhece Tancredo, que entra no enredo debilitado sobre um cavalo. É socorrido pelo escravo Túlio, o qual será recompensado pelo feito com a liberdade.
Na obra, os escravos falam da sua condição. Escrava Suzana, nascida África, vinda de navio negreiro denuncia a opressão racial.

"Gupeva", de 1861, é um conto indígena. 

"A escrava", de 1887, publicado um ano antes da promulgação da Lei Áurea (1888), trata da escravidão.

"Cantos à beira-mar", de 1871, são poemas abolicionistas.

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"RESPIRAÇÃO ARTIFICIAL" de Ricardo Piglia (#2)

"Respiração artificial" é uma obra do escritor argentino Ricardo Piglia (1941-2017).



O romance, publicado 1980, apresenta enredo que se passa em 1976, na fase da ditadura argentina é uma história dentro de outra.

A obra é formada por fragmento de textos e é dividido em duas partes. 

A primeira parte, "Se eu mesmo fosse o inverno sombrio", trata das correspondências de Emílio Renzi e suas histórias de família ao tio Marcello Maggi. A segunda parte, denominada "Descartes".

Emílio Renzi aborda a construção de sentido sob a dimensão literária, Marcello Maggi sob a histórica e Tardelski sob a filosófica.


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"TODAS AS CORES DO CÉU", de Amita Trasi (Índia) (#1)




"Todas as Cores do Céu" é um romance da escritora indiana Amita Trasi. Amita nasceu e foi criada na Índia, mas passou a viver nos E.U.A. e a obra é a primeira publicada da autora.

A obra trata de tráfico de humanos, prostituição infantil, escravidão.

Traz questões do sistema de castas ainda presente na Índia, embora abolido oficialmente nos anos 50, e as repercussões sociais que desencadeia.

Havia 5 castas indianas: brâmanes (sacerdotes e intelectuais), xátrias (guerreiros), vaicias (comerciantes), sudras (camponeses e trabalhadores), párias (marginalizados), além dos dalits (intocáveis).

Mukta (vida liberta) é a personagem protagonista que enfrenta as abordagens sociais da obra, foi escrava sexual desde os 10 anos em Mumbai, Índia.

O pai de Mukta adota apresenta um papel assistencialista, adota Tara (estrela) é a personagem da irmã adotiva de Mukta.

Mukta consagra suas filhas a uma deusa,  tornando-as prostitutas do templo (devadasis), escravas sexuais dos homens a quem servem. Apesar de a mãe de Mukta tentar livrar a filha do destino das meninas-mulheres, pois sabia do sofrimento dessa vida, a avó de Mukta manteve a tradição.

Os narradores em primeira pessoa alterna as vozes de Mukta e Tara.

Visite o sítio eletrônico de Amita Trasi, que angaria fundos para meninas resgatadas da prostituição.

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terça-feira, 18 de junho de 2019

DICIONÁRIO INSCRITURAS - Guaco: "mikania glomerata"



A planta guaco tem o nome científico "mikania glomerata".

O nome "mikania" é derivado do botânico, zoólogo e entomólogo austríaco e checo Johann Christian Mikan, que estudou a planta e descreveu-a cientificamente pela primeira vez.

Johann Christian Mikan

Mikan nasceu em 05/12/1769 em Teplitz e faleceu em 1844 em Praga. Foi professor de História Natural na Universidade de Praga. Foi um dos três naturalistas líderes da Expedição Austríaca ao Brasil.

Autor das obras Monographia Bombyliorum Bohemiæ, iconibus illustrata em 1796, Entomologische Beobachtungen, Berichtigungen und Entdeckungen em 1797, e Delectus Florae et Faunae Brasiliensis, etc. em 1820.

O termo "glomerata" vem do latim, do verbo "glomerare", que significa enrolar junto, juntar, formando uma massa circular. Sinônimo de conglomerar ("cum" + "globus").

Referências:

<https://www.merriam-webster.com/dictionary/Mikania>. Acesso em: 18 de jun. de 2019.

GORDON, Gordh. "A Dictionary of Entomoly". 2nd Edition. Acesso em 18 de jun. de 2019.

GUATTROCCHI, Umberto (2000). CRC World Dictionary of Plant Names: M-Q. [S.l.]: CRC Press. pp. 1690–. ISBN 978-0-8493-2677-6. Acesso em: 23 de abr. de 2012.

Por Fiametta Franchin.
Bacharel em Ciências Sociais e Jurídicas.
Licenciada em Letras.
Licenciada em Estudos Literários.
Graduanda em Ciências Biológicas.


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CLARICE LISPECTOR - Entrevista em 1977



Entrevista de Clarice Lispector feita no ano de 1997, uma das raras, senão a única, concedida pela escritora.

Lispector faleceu em no mesmo ano de 1997, poucos meses depois da entrevista, decorrente de complicações de câncer.


Transcrição:

"

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DICIONÁRIO INSCRITURAS - "Parquet"



"Parquet" é uma palavra de origem francesa, que denominava o local onde ficavam os Magistrados e representantes do Ministério Público em suas atividades.

Pronuncia-se [parquê].

Na França, "petit parc" era o pequeno parque onde ocorriam as audiências dos procuradores do rei no Ancien Régime, o corpo do Ministério Público.

Por sua vez, a palavra francesa "parc" deriva do "parruk" germânico, que significa área cercada.

O Ministério Público, composto pelos procuradores gerais e procuradores da República) é conhecido como "Le Parquet".

A origem do termo remonta à Idade Média, na expressão "parquet des Gens du Roi", que significa cercado pelos funcionários do rei, sejam os do Judiciário, das Finanças ou dos Militares.

Advinda do francês antigo, do pequeno parque ou espaço cercado tem-se notícias de que fazia referência ao local onde os Magistrados e Promotores de Justiça ficavam em pé formando um cercado separados daqueles sentados ao tomar a palavra.

Algumas referências bibliográficas mencionam que "parquet" designa os Magistrados. Ao que parece, pelo contexto histórico, pode designar os Promotores ou Juízes, embora no direito brasileiro as funções públicas não sejam sinônimas.

Num outro sentido, mas mantendo a relação com a denotação anterior de referir-se a local físico, "parquet" designa um assoalho, um piso de madeira formado por composição mosaica similar ao taco.

Dessa expressão decorreu a atual palavra "parque" do português brasileiro, que indica um local geográfico onde se realizam atividades.

Por Fiametta Franchin.
Advogada.
Licenciada em Letras.
Licenciada em Estudos Literários.
Graduanda em Ciências Biológicas.

Referências:

Galliani G.V. (diretto da), Dizionario degli elementi costruttivi, Utet, Torino, 2001, vol. 2, pp. 624-630.

<https://www.larousse.fr/dictionnaires/francais/parquet/58315>. Acesso em: 18 jun. 2019.

<https://origemdapalavra.com.br/palavras/parque/>. Acesso em: 18 jun 2019.

Como citar para fins de direitos autorais:
ZANETTINI, Débora. "DICIONÁRIO INSCRITURAS: 'Parquet' ". Disponível em :<https://inscrituras.blogspot.com/2019/06/dicionario-inscrituras-parquet.html>. Acesso em: 19 jun. 2019.
(PREENCHER COM DATA ATUAL).



INDÍGENA - Narrativas orais dos povos indígenas de Roraima



Obra de Narrativas orais dos povos indígenas de Roraima, nas Terras Indígenas de São Marcos e Raposa Terra do Sol, das etnias macuxi, taurepang e wapixana, elo método de História Oral, por Devanir Antônio Fiorotti, em Panton Pia'.

Conheça o projeto todo: Panton Pia'.

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segunda-feira, 17 de junho de 2019

"PROFUMO DI DONNA", filme de Dino Risi

"Perfume de Mulher", de Dino Risi de 1974.

"Scent of a Woman" de 1992, protagonizado por Al Pacino é um dos meus filmes prediletos, se não o melhor ao qual já assisti.

Revi várias vezes. E sempre me traz à vida novamente.

A produção mais recente é uma releitura de "Profumo di Donna" de 1974 de Dino Risi. 



No filme de 1974, Coronel Fausto Consolo (Vittorio Gassman) mora com uma senhora, enquanto que Cel. Frank Slade (Al Pacino) reside com a família da sobrinha.

Em ambos há a figura do gato que é o animal de estimação da família.

A contratação do jovem para acompanhar o Coronel cego é a cena inicial do filme de 1974, papel de Alessandro Momo como Giovanni Bertazzi, Gigio. Já no de 1992, há uma contextualização prévia, até que a sobrinha contrate o acompanhante para ficar com o tio enquanto a família viaja.