terça-feira, 16 de abril de 2019

LUIZ FELIPE PONDÉ - filósofo


"Sucesso é uma coisa bastante importante na vida e, quando eu falo em sucesso, no caso, não é sucesso no sentido público, né?! Se tornar uma celebridade. 
Sucesso como reconhecimento que você é capaz de realizar trabalho.
É claro que existem formas distintas de sucesso. Existe uma pessoa que tem sucesso na família, no sentido de que constituiu uma família e essa família é, razoavelmente, funcional, com filhos, razoavelmente, funcionais que crescem, que, por sua vez, fazem outros filhos, que, também, são, razoavelmente, funcionais, que mantém um casamento funcionando, isto, também, é uma forma de sucesso.
Agora, é que, hoje em dia, normalmente, quando a gente fala de sucesso, a gente está pensando, principalmente, sucesso profissional.
Eu diria o seguinte: é muito bom fazer sucesso, mas eu não acho que o sucesso seja o que torna você uma pessoa, necessariamente, mais madura, né... porque... principalmente, se você for muito jovem e você fizer sucesso profissional muito cedo, a chance de você virar um idiota é enorme, gigantesca.
E por que a chance de você virar um idiota?
Porque o sucesso já tem uma tendência, você tem que fazer uma certa luta de, queda de braço, como se fala no sucesso.
Porque, quando você faz sucesso, é muito fácil você ter uma tendência, a achar que, portanto, você está certo em tudo, entendeu como o mundo funciona. Não é à toa que num glamuroso e importante livro de democracia na América de Toqueville, ele comenta que os homens de sucesso, lá em 1881, eles tinham por hábito não prestar atenção nas coisas que eles não entendiam, porque eles assumiam, de cara, o que eles não entendiam não tinham valor.
Por que o que ele não entendia não tinha valor?
Porque ele era uma homem de sucesso nos seus empreendimentos, como fala o Toqueville, então, evidentemente, ele sabia identificar o que tem valor ou não, se não ele não tinha sucesso.
Essa chave que eu estou dizendo. Quer dizer, o sucesso não é, por si só, uma experiência, digamos, total, né?!
A ideia de que o sucesso na vida material e profissional vai te levar ao sucesso financeiro. Isto não é verdade.
Às vezes, você tem sucesso profissional e material às custas do sucesso afetivo. Isso é uma das coisas mais comuns do mundo.
Aliás, às vezes, o sucesso profissional e o sucesso material pode, inclusive, tornar o sucesso afetivo, privado, inexistente. Tornar a vida privado-afetivo uma catástrofe, isso, justamente, pelo sucesso.
Então, por isso, se você atingir o sucssso profissional muito cedo, isto pode destruir seu caráter, isso pode fazer com que você fique uma pessoa bastante boba, isso pode fazer que você, inclusive, se torne uma pessoa muito condescendente consigo mesmo, né... e, de repente, passar a achar que todas as ideias bobas e energias que você tem é verdade, porque simplesmente é uma pessoa jovem de sucesso. E, hoje, isso é uma coisa muito comum, inclusive por conta das mídias sociais, você tem pessoas que atingem o sucesso, a celebridade numa velocidade gigantesca e, de repente, ela começa achar que tudo que brota do pensamento dela é, altamente, significativo e, altamente, valoroso.
Então existe, inclusive, uma suspeita muito antiga que o que torna você uma pessoa mais madura é o sofrimento, é o fracasso, eu já disse isso várias vezes, né?! Eu acho que o fracasso humaniza.
Num mundo meio idiota que a gente vive hoje, muita gente interpreta essa frase como se eu estivesse dizendo que não ter o sucesso é bom ou que fracassar é bom. Não, eu não estou dizendo não ter sucssso é bom ou que fracassar é bom. Eu estou dizendo que existem coisas bem mais importantes que a felicidade, né?! Inclusive, eu acho que a gente começou a pensar em felicidade ontem. Porque se você pensar numa espécie que tem cerca de cem mil anos e ela não tinha nem tempo de viver muito mais que 25 cada pessoa, mais ou menos, a ideia de felicidade, como a gente entende hoje, você ficar se perguntando o que você quer, o que você vai fazer é completamente inexistente. 
Então eu entendo que uma das dificuldades pra gente saber o que é felicidade é porque pra gente não sabe, exatamente, o que é felicidade.
Então quando eu falo que o que humaniza é o fracasso, não estou fazendo uma ode ao fracasso.
Eu estou dizendo que o fracasso ajuda você entender o lugar no mundo que a gente ocupa não é muito distante do que aquela velha história de que Roma, quando se entrava, depois de uma batalha e a cidade inteira, centro do mundo, gritava seu nome, de que alguém que ía atrás de você, lembra que você é pó.
O sucssso profissional muito cedo pode fazer você achar, em algum momento, que você não é pó."
("O que acontece quando atingimos o sucesso muito cedo na vida?" - Luiz Felipe Pondé, em seu canal no YouTube, publicado em 15/04/19)



#sucesso, #fracasso, #mídiassociais, #blogueiros, #youtubers, #influenciadoresdigitais, #felicidade

domingo, 14 de abril de 2019

PANTON PIA - indígenas de Roraima


Panton Pia é um site que trata da cultura em geral dos indígenas de Roraima.
O idealizador é o Professor Devair Antonio Fiorotti e disponibiliza fotografias, partituras musicais, poemas etc. sobre os índios de Roraima.

KIM K. KATAGUIRI - escritor, deputado federal, estudante de Direito



LUIZ FELIPE PONDÉ - filósofo


"Esse tema da solidão está virando uma epidemia contemporânea, claro com uma metáfora, né, se não seria contagiosa, pra ser epidemia precisa ser contagiosa, mas é...
Algum tempo atrás, saiu na mídia que o Reino Unido estava preocupado querendo criar, assim, uma espécie de secretaria dentro do bem estar social que desse conta da solidão.
Eu acho que em alguma medida dá pra dizer que a solidão é uma epidemia contemporânea. Apesar de que essas ideias de que implicam num certo comparativo, elas são sempre perigosas, né, porque a gente não sabe se uma pessoa no século XIV se sentia só ou qual era o número de pessoas que se sentiam sozinhas ou a gente não sabe até que ponto, sei lá, uma pessoa que vivia com a família de 15 pessoas, também, não estava se sentindo sozinha dentro do ambiente familiar de 15 pessoas. Então não vamos complicar muito a questão.
Se nós entendermos solidão numa forma mais simples, no sentido de pessoas que vivem sozinhas, tá, que é essa a questão que está em jogo aqui, é assim que eu entendi a questão e é assim que é compreendida quando se levanta o debate de o que fazer com a solidão no mundo contemporâneo do século XXI, né, é assim que se entende, não é no sentido, digamos assim, mais sofisticado ou que seja mais complexo.
Entäo compreendendo solidão como viver sozinho, sem grandes vínculos, ou tendo-os perdido, certo... e portanto você vive só sem vínculos como marido, mulher, filhos, pais e mães ou alguma coisa assim, há, sim, me parece, uma tendência à solidão.
Essa tendência se dá, primeiro, por conta de uma diminuição do núcleo familiar. Quando a gente pensa em famílias mais antigas, né, que você passa uma, duas gerações pra trás, é provável que você descubra que você tinha, na sua família, mais filhos, né, você tinha primos e tios e tias, né, e todo mundo vivia mais ou menos junto, porque não tinha muito essa coisa... por exemplo, até hoje, tem uma pesquisa muito interessante nos EUA que  compara jovens das costas, né, leste, oeste e os jovens do centro e a pesquisa mostra que, por exemplo, as meninas do centro tendem a ser, do centro dos EUA, tendem a ser mães mais jovens, e terem mais filhos, e casarem jovens, e as irmãs também, e as mães, e as sogras, e as cunhadas, está vendo, você tem uma rede de pessoas, é isso que eu queria dizer.
Essa rede de pessoas que tende a existir em ambientes mais conservadores, não estou agregando nenhum juízo de valor aqui a essa ideia, mas sim a ambientes conservadores no sentido que são mais rurais, cidades menores, onde você tem menos mulheres no mercado de trabalho, por exemplo, ou mesmo os meninos tendem a seguir um número menor de opções de trabalho é... aí você tende a ter famílias mais volumosas, com maiores relações, então você tem aquilo que alguns chamavam de 'rede de solidariedade feninina informal', que era essa coisa de várias mulheres criando filhos delas todas, porque eram todas irmãs, cunhadas, sogras, mães e tal.
Quando você começa a ter uma diminuição desse núcleo familiar, você já tem uma... uma tendência maior de solidão, certo?!
Quando você tem, outro fator, quando você tem uma maior longevidade, você tem agora uma tendência a extensão da vida, com qualidade biológica de vida, né, você é... acaba também tendo maior presença da solidão. Porque se de um lado as famílias tendem a diminuir e as mulheres que costumavam cuidar dos pais idosos, quero dizer, ou traziam os pais pra morar em casa, né, elas têm vida profissional, então, hoje, você tem uma tendência terceirização dos idosos, assim como você tem uma tendência assim como essa terceirização dos filhos, uma diminuição do número de filhos, justamente, por conta do crescimento profissional, principalmente da mulher, então o que que acontece? O que ontece que você tem uma atomização da famílias, assim, a família vai diminuir de tamanho, as pessoas de dentro da família seguem o seu caminho, na medida que os filhos vão crescendo, número menor de filhos, o homem e a mulher seguem seu caminho profissional, então os idosos, eles são meio que  expelidos. Ou eles são pessoas autônomas, criaram patrimônio, tem uma vida signficativa, trabalham, ou eles vão para casa de repouso, né?!
Então você tem uma... uma epidemia de solidão entre idosos, por exemplo, são pessoas que não têm uma vida mais ativa profissionalmente, e a gente sabe que o principal eixo do significado da vida, hoje, é o trabalho, são pessoas que acabam vivendo sozinhas, o parceiro morre, né, ou alllmas delas se separaram ao longo do processo, e elas são sozinhas e elas, também, sofrem de solidão.
E o último exemplo, que me parece que reforça a ideia de que a solidão seja uma epidemia contemporânea eh obfsto de, entre os jovens, você ter uma, uma certa, digamos assim, piora de jovens que investem em vida afetiva ds longa duração. 
Então você, também, tem uma tendência de solidão entre os jovens, que é, você, às vezes? Tem trabalho, diversão, sexo e tal, mas você não tem... você tem uma certa resistência a vínculos de longa e médis duração, no sentido que esses membros seriam muito compromissados, muito difíceis, né, e que muitos jovens estão mais interessados em investir na carreira e em cachorros que em relacionamentos mais duradouros.
Então acho que tem aí, no mínimo, esses três fatores que nos levam a concluir de que, talvez, exista, mesmo, uma tendência à solidão como epidemua contemporânea,"
("A solidão está virando uma epidemia contemporânea?", Luiz Felipe Pondé, Canal YouTube, publicado em 11/04/19)


BIBLIOTECA DO MOSTEIRO DE SÃO BENTO DA BAHIA


O Mosteiro de São Bento da Bahia foi fundado em 1582.
Dispõe de acervo bibliográfico de obras raras dos séculos XVI ao XIX.
Encontramos manuscritos, iluminuras, livros, documentos históricos, cartas, testamentos, mapas, desenhos, projetos arquitetônicos, partituras musicais.


A Biblioteca conta com uma coleção de Livros do Tombo do Mosteiro de São Bento da Bahia. Há um conjunto documental que remonta à construção do patrimônio do cenóbio beneditino baiano dos século XVI ao XX.


Algumas obras restauradas e digitalizadas que podem ser encontradas:

- Obras Completas de Luiz de Camões - edição crítica com variantes, de 1873.
- Súmula "O Médico do povo, 1868 - instruções para cura e tratamento de moléstias.
- "Cartas Selectas", de Padre Antônio Vieira, de 1856.
- "Index Librorum Prohibitoroum", do Papa Bento XIV, de 1764.
- "História dos Judeus", de Flávio José, de 1793.
- "Cometario as Sentenças de Duns Scoto, do Fr. Nicolau de Orbellis", de 1503.
- "Suma Theologica Secundæ", de São Tomás de Aquino, de 1534.



quarta-feira, 10 de abril de 2019

LIVRO EM PDF - PANTON PIA: NARRATIVA ORAL INDÍGENA



'Panton Pia’: Narrativa Oral Indígena – registro na Terra Indígena São Marcos”

A obra, publicada em 2019, apresenta doze entrevistas com indígenas da região do Alto São Marcos, no município de Pacaraima, em Roraima, das etnias macuxi, taurepang e wapixana.

terça-feira, 9 de abril de 2019

RICARDO VENTURA - expert em persuasão, comunicador, palestrante, escritor




"Conteúdo não é promoção. Conteúdo é coisa que o seu cliente quer ouvir." (Ricardo Ventura)

"Quando você está achando que é tudo por dinheiro, você está recebendo mais do que você vale." (Ricardo Ventura em seu Canal do YouTube, vídeo de 26/02/20)

"Jamais mude a sua identidade." (Ricardo Ventura, Youtube, Canal Ricardo Ventura, 11/02/19)

"Pior do que mal feito é não feito".