terça-feira, 18 de junho de 2019

INDÍGENA - Narrativas orais dos povos indígenas de Roraima



Obra de Narrativas orais dos povos indígenas de Roraima, nas Terras Indígenas de São Marcos e Raposa Terra do Sol, das etnias macuxi, taurepang e wapixana, elo método de História Oral, por Devanir Antônio Fiorotti, em Panton Pia'.

Conheça o projeto todo: Panton Pia'.

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segunda-feira, 17 de junho de 2019

"PROFUMO DI DONNA", filme de Dino Risi

"Perfume de Mulher", de Dino Risi de 1974.

"Scent of a Woman" de 1992, protagonizado por Al Pacino é um dos meus filmes prediletos, se não o melhor ao qual já assisti.

Revi várias vezes. E sempre me traz à vida novamente.

A produção mais recente é uma releitura de "Profumo di Donna" de 1974 de Dino Risi. 



No filme de 1974, Coronel Fausto Consolo (Vittorio Gassman) mora com uma senhora, enquanto que Cel. Frank Slade (Al Pacino) reside com a família da sobrinha.

Em ambos há a figura do gato que é o animal de estimação da família.

A contratação do jovem para acompanhar o Coronel cego é a cena inicial do filme de 1974, papel de Alessandro Momo como Giovanni Bertazzi, Gigio. Já no de 1992, há uma contextualização prévia, até que a sobrinha contrate o acompanhante para ficar com o tio enquanto a família viaja.

sábado, 18 de maio de 2019

MILTON NASCIMENTO



Milton Nascimento é um compositor e cantor brasileiro, consagrado pela MPB e internacionalmente, nascido na Tijuca, Rio de Janeiro, em 26 de outubro de 1942.

Milton, negro, nasceu da mãe biológica,  Maria do Carmo, abandonada pelo pai biológico. A mãe faleceu por problemas no fígado quando ele tinha 2 anos. Passou a ser criado pela avó, que era empregada doméstica de uma família no Rio.

Lilia Silva Campos e Josino de Brito Campos eram um casal branco que gostaria de ter filhos, mas estavam com dificuldades. Foi então que eles adotaram Milton com a concordância da avó, que apenas pediu que fosse mantido o nome da mãe biológica no registro de nascimento, única constante na certidão, já que não havia o nome do pai.

Milton foi apelidado de Bituca quando pequeno, pois fazia bicos que o faziam se parecer com os índios botocudos, segundo a família.

Dona Lilia foi aluna do músico Heitor Villa-Lobos, tendo influenciado Milton na área musical.

A família mudou-se para a cidade de Três Pontas, Minas Gerais, onde eram proprietários de uma de uma estação de rádio, Rádio Clube de Três Pontas (1.510 quilociclos), lugar onde cresceu.

Milton foi o primeiro filho adotado pelo casal Lilia e Josino. Depois, foram adotados mais dos filhos, Elizabeth e Luis Fernando até que nasceu uma filha biológica, Jaceline.

Apesar da familiaridade com a música pela mãe, Milton apresentava dom para a arte. O primo conhecido como Jacaré conta que, em almoços aos domingos em família, Milton ía para o quarto de uma tia que estudava acordeon, pegava a sanfona e tocava de ouvido surpreendendo a todos.

Milton mantinha contato com familiares e amigos por telefone, cartões, cartas. Conta a amiga Isaurinha Veiga. Na sua primeira viagem ao exterior, enviou uma carta destinada a "To: Mister Carlos Alberto Cafuringa Tiso Veiga", o cachorrinho da casa, que ainda tinha o apelido de "Beto Rockefeller".
[nota do blog: acredito que "Tiso" tenha vindo do amigo Wagner Tiso, compositor e arranjador.]

Foi datilógrafo em Belo Horizonte. Conta o amigo de trabalho, Adelson Veloso, que, em 1962, trabalharam em Furnas Centrais Elétricas S/A, em Belo Horizonte, cujo Chefe da Sessão era o Major José Pereira César, que guarda afeto por Milton.

Em momentos de paralisação dos serviços, colocava um clipe na fresta da gaveta da mesa e tirava som de berimbau, até cantava junto.

O primeiro instrumento de Milton foi uma gaita que ganhou de sua madrinha, depois uma sanfona de quatro baixos.

Segundo a mãe de Milton, quando ele tinha um ano e pouco, ela o colocava na cadeira do piano e ele, bebê, tocava algo.

O lado poético de Milton foi despertado quando observava as estrelas com seu pai, com um telescópio.
Apesar da vontade de estudar Astronomia, Milton diz que sua relação com o cosmos era mais poética a científica.

Conheceu Wagner Tiso na infância, quem se tornou um dos melhores amigos. Moravam na mesma rua, a um quarteirão de distância.
Milton conta que ficava numa escadinha do alpendre de sua casa, colocava a gaita no joelho e a sanfona aos pés e ficava horas tocando.
Tempos depois, soube que Wagner Tiso casa escura ficava escutando-o tocar.

Tocava em grupo vocal da rua, tocava acordeon, em grupos de baile.

Também, morou em Alfenas, Minas Gerais, tocava xilofone, contrabaixo nos bailes da época.
Aos 14 anos, formou o conjunto de baile chamado W'Boys, pois o nome da maioria dos componentes começava com W: Wanderlei, Wagner, Waine, Wesley. Milton adotou o nome de Wilton, virando o "M" de ponta cabeça.
O grupo convidou Bonifácio Cabral, em 1962, para ser empresário do grupo, quem tinha um kombi que transportava o grupo. A kombi atolava nas estradas de terra e todos ajudavam a empurrar.
Só Milton e Wagner seguiram a carreira.

Enquanto morou com os pais, tbalhou na Radio Três Pontas como programador  e locutor.
O pai dizia que música não dependia só talento, mas sorte.
Aconselhou o filho a cursar Contabilidade no Científico, Milton acatou. Quando recebeu o diploma, foi para Belo Horizonte.

Milton foi morar em Belo Horizonte, Minas Gerais, aos 20 e poucos anos, numa pensão no Edifício Levy, onde morava a família de Salomão Borges e Maricota Borges, sendo considerado o décimo segundo além dos 11 filhos do casal, pois sempre estava na casa deles.

Em 1963, Márcio Borges, um dos 11 filhos da família Borges, foi o letrista das primeiras composições de Milton. Marcinho incentivava Milton a se tornar compositor, pois os arranjos das músicas que tocava eram de outras músicas. Num primeiro momento, Milton recusou.

Foi então que Milton assistiu ao filme "Jules et Jim", de François Truffaut. Conta que foi na sessão das 14h e saiu às 22h do cinema.
Naquela noite, com Marcinho. compôs três canções: "Paz do amor que vem", que foi alterada para "Novena", giragirou "Crença".

Wagner foi depois para BH. Fizeram outros conjuntos de baile e tocavam jazz num bar, quando Milton aprendeu a tocar contrabaixo, duma maneira que podia tocar no solo a nota e cantar junto. Depois, isso passou a ser usado como estilo musical próprio.

O Jazz e a Bossa Nova influenciaram Milton em sua carreira. Trabalhava na Rádio quando saiu o primeiro disco de João Gilberto.

A Bossa Nova padronizou a harmonia da música moderna brasileira, vinda do Cool Jazz, segundo Wagner Tiso. Milton encontrou novos caminhos harmônicos, junto com a sua maneira de cantar, causando grande impacto na música.

Milton ouvia as músicas pela rádio da época. O som não era bom.
Quando ouvia Bossa nova, não dava pra entender tudo, uma amiga tirava a letra rapidamente, um decorava a melodia e o outro tentava tirar algo da harmonia.
Assim, criavam em cima. Milton criou modo de cantar, compor com os improvisos que fazia pela dificuldade de tirar as músicas.
Quando conheceu os profissionais da música em BH, chegou a achar que o jeito modo de música estava errado, que deveria reaprender. Entretanto eles disseram que o jeito dele estava correto, num estilo próprio.

No Rio de Janeiro, Pacífico Mascarenhas pediu que gravasse o disco de Luiza.
Numa festa na casa dela, encontraram todos os ídolos que sonharam a vida inteira em conhecer. Num cantinho, estava uma moça baixinha desconhecida até então, era Elis Regina.
Pacífico Mascarenhas insistiu a Milton que apresentasse suas canções autorais.
Wagner e Milton cantaram "Aconteceu".

Foi pra São Paulo chamado para tocar no Festival Berimbau de Ouro, em 1965, no qual Elis ganhou o primeiro lugar com "Arrastão" e Milton em segundo lugar.

No encerramento do show de Elis, Milton saiu do ensaio e encontraram-se num corredor, sem falar com ela. Ele passa por ela e ouve o barulho do tamanho, quando ela diz "Mineiro não tem educação, não? Olha, vou te explicar uma vez. Quando é de manhã até meio-dia, você fala bom dia. Depois do bom dia até ... boa tarde. E, à noite, você diz boa noite", relembra Milton.
Milton argumentou que não queria assediá-la, como os fãs. Ela discordou e o convidou para ir até a casa dela para cantar "Maria, Maria", música que ela tinha ouvido Milton e Wagner cantarem no Rio anos antes. Elis começou a cantar. Milton ficou surpresa pela lembrança, quando ela lhe respondeu: "Memória, meu caro."

Em 1966, morou com o colega Antonio Justino, o "Tininho", numa pensão centro São Paulo. O amigo emprestava a Milton o violão. Milton foi convidado para se apresentar no programa de TV, "O Show da Voz", conduzido por Elis Regina.
Os amigos juntaram-se em 50 pessoas e foram ao teatro prestigiar o cantor. Ao final, os amigos aplaudiram, assobiaram, festejaram Milton. Ao ser questionado por Elis sobre quem eram, ele disse que "era o público dele".
Elis Regina e Milton tornaram-se amigos. Elis dizia que se Deus cantasse, teria a voz de Milton.

Em 1966, ganhou 4o. Luga de Música Nacional Popular TV Excelsior de São Paulo.
Conheceu Augustinho dos Santos, de quem era admirador, primeira pessoa que o chamou pela gíria "bicho".

Foi classificado no 2o. Festival Internacional da Canção com as músicas "Travessia", "Morro Velho" e "Maria Minha Fé". "Travessia" ficou em 2o. Lugar e Milton ganhou o prêmio de melhor intérprete.

O musicista compositor Fernando Brant, compositor de "Travessia" foi o grande parceiro musical de Milton, conpôs várias de suas músicas.

Gravou seu primeiro disco em 1967.

Compôs com os irmãos Borges, Marcinho e, depois, especificamente, Lô Borges, daí saiu a primeira música "Clube da esquina".

Gravou o álbum "Clube da Esquina", num disco sem nome na capa, apenas a imagens de dois garotos agachados.

Em 1974, o saxofonista estadunidense Wayne Shorter, convidou Milton para gravar com ele o disco "Native Dancer". Milton levou junto os músicos Wagner Tiso e Robertinho Silva.
Lá, estavam Herbie Hancock, cantor de jazz, dois baixistas, dois guitarristas e o produtor de som era o mesmo da "The Band", do Bob Dylan e o produtor do disco era Jim Lacey-Baker, produtor dos Rolling Stones. Daí, Milton ficou conhecido no mundo.

Em Los Angeles, Milton encontrou Maurice White, que lhe disse que estava, há muito tempo, procurando o cantor de "Nature Dancer" e queria agradecê-lo. Ele havia se interessado pela obra de Milton, seus falsetes, queria fazer azer algo no estilo. Relatou que fez um anúncio no jornal procurando músicos para formarem a banda, que depois se tornou consagrada. Milton disse que se sentiu "levitando".

O disco "Milagres dos peixes" teve muitas músicas censuradas.
Então gravou o disco "Minas", que rodou o mundo. Nas paradas de sucesso na Austrália à época, "Minas" esteve em primeiro e Beatles em segundo lugar.

Em 1997 granhou o Grammy, com "Nascimento". Milton teve uma doença grave. Para romper o silêncio dos tambores de Minas Gerais, voltou aos palcos trazendo a música mineira de origens africanas.

Em 1999, gravou "Croones", em homenagem aos cantores da noite e as dificuldades dos artistas boêmios, que Milton conhecia.

Em 2001, gravou o disco "Milton e Gil", que surgiu de uma conversa num voo em que estavam Gilberto Gil e Flora, sua esposa, a qual colocou-os para conversar, aliás.


Milton enfrentou problemas de saúde por bebida.

Casou-se com Lurdoca, casamento que durou apenas dois meses, tendo sido anulado.

Adotou o filho Augusto.

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"O palco, para mim, é um santuário." (Milton Nascimento)

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Todas essas informações foram coletadas em entrevistas de Milton, notícias bibliográficas fidedignas.

A trilha sonora da liberdade. 








segunda-feira, 6 de maio de 2019

LITERATURA E FILOSOFIA AFRICANA - Textos Diaspóricos



Textos sobre Literatura e Filosofia Africana organizada e disponibilizada pelo Professor da UNB, Wanderson Flor do Nascimento.

Segue lista das obras em português em pdf:









































"Africana Philosophy: origens e perspectivas", por Lucius T. Outlaw Jr.

"Filosofia africana na poesia afrobrasileira", por Luis Carlos Ferreira dos Santos.

"Filosofia de raiz africana como um pensamento da complementariedade", por Luis Carlos Ferreira dos Santos.

"Ancestralidade e Liberdade. Em torno de uma filosofia africana no Brasil", por Luis Carlos Santos.

"A crítica de Marcien Towa às doutrinas de identidade africana", por Luís Thiago Freire Dantas.

"A expressão 'filosofia ocidental-europeia' é uma taitologia?", por Luís Thiago Freire Dantas.

"Justiça e raça na filosofia de Mogobe Ramose", por Luís Thiago Freire Dantas.

"A retomada do estatuto ontológico e epistemológico africano a partir do pensamento filosófico de Towa e Obenga", por Luís Dantas & Roberto Silva.

"Tomás de Aquino e a metafísica das línguas bantu e tupi", Luiz Jean Lauand.

"A trajetória de um intelectual africano. Entrevista com Toyin Falola", por Marcelo Bittencourt e Roquinaldo Ferreira.

"Carta africana dos direitos humanos dos povos", por Maria José Moraes Pires.

"Africanidade, espaço e tradição", por Maurício Waldman.

"Afrocentricidade como crítica do paradigma hegemônico ocidental: Introdução a uma ideia", por Molefi Kete Asante.

"Uma origem africana da filosofia: Mito ou realidade?", por Molefi Kete Asante.

"Mulherisma Africana. Uma teoria afrocêntrica", por Nah Dove.

"Nascida do desastre: Crítica da etnofilosofia, pensamento social e africanidades", por Norman Aiari.

"Notas sobre a obra 'O mundo se despedaça' de Chinua Achebe", por Noshua Amoras.

"Noção de pessoa e linhagem familiar entre os iorubás", Pierre Verger.

"Ontologia bantu", por Placide Tempels.

"Afrocentricidade e Educação", por Renato Nogueira Jr.

"A ética da serenidade. O caminho da barca e a medida da balança na filosofia de Amen-em-ope", por Renato Noguera.

"Denegrindo a educação. Uma ensaio para uma pedagogia da pluriversalidade", por Renato Noguera.

"Dos condenados da terra à necropolítica: Diálogos filosófocos entre Frantz Fanon e Achille Mbembe", por Renato Noguera.

"Ubuntu como modo de existir", por Renato Noguera.

"As origens africanas da filosofia grega: mito ou realidade?", por Ricardo Matheus Benedicto.

"Um diálogo entre a Lei 10.639-2003 e o pensamento filosófico de Marcien Towa.

"Um diálogo entre a Lei 10.639-2003 e o pensamento filosófico de Marcien Towa", por Roberto Jardim da Silva.

"Baraperspectismo contra o Logocentrismo ou o Trágico no Prelúdio de uma Filosofia da Diáspara Africana", Rodrigo dos Santos.

"Filosofia africana e etnofilosofia: Uma abordagem da concepção da Paulin Houtondji a partir do baraperspectismo", Rodrigo Santos.

"O princípio de individuação", por Roger Bastide.

"Existe uma filosofia essencialmente africana?", por Sérgio São Bernardo.

"Pele da cor da noite", por Vanda Machado.

"Alimentação Socializante. Notas acerca do pensamento tradicional africano", por Wanderson Flor do Nascimento.

"Aproximações brasileiras às filosofias africanas: Caminhos desde uma ontologia ubuntu", por Wanderson Flor do Nascimento.

"Olojá: Entre encontros - Exu, o senhor do mercado", por Wanderson Flor do Nascimento.

"Outras vozes no ensino da filosofia: O pensamento africano e afro-brasileiro", por Wanderson Flor do Nascimento.

"Sobre os candomblés como modo de vida: Imagens filosóficas entre Áfricas e Brasis", por Wanderson Flor do Nascimento.

"Temporalidade, memória e ancestralidade: enredamentos africanos entre infância e formação", por Wanderson Flor do Nascimento.

"Concepção iorubá da alma", por William Bascon.

LITERATURA e FILOSOFIA AFRICANA - Textos Africanos



Literatura e Filosofia Africana organizada e disponibilizada pelo Professor da UNB, Wanderson Flor do Nascimento.

Segue lista das obras em português em pdf:















































terça-feira, 16 de abril de 2019

LUIZ FELIPE PONDÉ - filósofo


"Sucesso é uma coisa bastante importante na vida e, quando eu falo em sucesso, no caso, não é sucesso no sentido público, né?! Se tornar uma celebridade. 
Sucesso como reconhecimento que você é capaz de realizar trabalho.
É claro que existem formas distintas de sucesso. Existe uma pessoa que tem sucesso na família, no sentido de que constituiu uma família e essa família é, razoavelmente, funcional, com filhos, razoavelmente, funcionais que crescem, que, por sua vez, fazem outros filhos, que, também, são, razoavelmente, funcionais, que mantém um casamento funcionando, isto, também, é uma forma de sucesso.
Agora, é que, hoje em dia, normalmente, quando a gente fala de sucesso, a gente está pensando, principalmente, sucesso profissional.
Eu diria o seguinte: é muito bom fazer sucesso, mas eu não acho que o sucesso seja o que torna você uma pessoa, necessariamente, mais madura, né... porque... principalmente, se você for muito jovem e você fizer sucesso profissional muito cedo, a chance de você virar um idiota é enorme, gigantesca.
E por que a chance de você virar um idiota?
Porque o sucesso já tem uma tendência, você tem que fazer uma certa luta de, queda de braço, como se fala no sucesso.
Porque, quando você faz sucesso, é muito fácil você ter uma tendência, a achar que, portanto, você está certo em tudo, entendeu como o mundo funciona. Não é à toa que num glamuroso e importante livro de democracia na América de Toqueville, ele comenta que os homens de sucesso, lá em 1881, eles tinham por hábito não prestar atenção nas coisas que eles não entendiam, porque eles assumiam, de cara, o que eles não entendiam não tinham valor.
Por que o que ele não entendia não tinha valor?
Porque ele era uma homem de sucesso nos seus empreendimentos, como fala o Toqueville, então, evidentemente, ele sabia identificar o que tem valor ou não, se não ele não tinha sucesso.
Essa chave que eu estou dizendo. Quer dizer, o sucesso não é, por si só, uma experiência, digamos, total, né?!
A ideia de que o sucesso na vida material e profissional vai te levar ao sucesso financeiro. Isto não é verdade.
Às vezes, você tem sucesso profissional e material às custas do sucesso afetivo. Isso é uma das coisas mais comuns do mundo.
Aliás, às vezes, o sucesso profissional e o sucesso material pode, inclusive, tornar o sucesso afetivo, privado, inexistente. Tornar a vida privado-afetivo uma catástrofe, isso, justamente, pelo sucesso.
Então, por isso, se você atingir o sucssso profissional muito cedo, isto pode destruir seu caráter, isso pode fazer com que você fique uma pessoa bastante boba, isso pode fazer que você, inclusive, se torne uma pessoa muito condescendente consigo mesmo, né... e, de repente, passar a achar que todas as ideias bobas e energias que você tem é verdade, porque simplesmente é uma pessoa jovem de sucesso. E, hoje, isso é uma coisa muito comum, inclusive por conta das mídias sociais, você tem pessoas que atingem o sucesso, a celebridade numa velocidade gigantesca e, de repente, ela começa achar que tudo que brota do pensamento dela é, altamente, significativo e, altamente, valoroso.
Então existe, inclusive, uma suspeita muito antiga que o que torna você uma pessoa mais madura é o sofrimento, é o fracasso, eu já disse isso várias vezes, né?! Eu acho que o fracasso humaniza.
Num mundo meio idiota que a gente vive hoje, muita gente interpreta essa frase como se eu estivesse dizendo que não ter o sucesso é bom ou que fracassar é bom. Não, eu não estou dizendo não ter sucssso é bom ou que fracassar é bom. Eu estou dizendo que existem coisas bem mais importantes que a felicidade, né?! Inclusive, eu acho que a gente começou a pensar em felicidade ontem. Porque se você pensar numa espécie que tem cerca de cem mil anos e ela não tinha nem tempo de viver muito mais que 25 cada pessoa, mais ou menos, a ideia de felicidade, como a gente entende hoje, você ficar se perguntando o que você quer, o que você vai fazer é completamente inexistente. 
Então eu entendo que uma das dificuldades pra gente saber o que é felicidade é porque pra gente não sabe, exatamente, o que é felicidade.
Então quando eu falo que o que humaniza é o fracasso, não estou fazendo uma ode ao fracasso.
Eu estou dizendo que o fracasso ajuda você entender o lugar no mundo que a gente ocupa não é muito distante do que aquela velha história de que Roma, quando se entrava, depois de uma batalha e a cidade inteira, centro do mundo, gritava seu nome, de que alguém que ía atrás de você, lembra que você é pó.
O sucssso profissional muito cedo pode fazer você achar, em algum momento, que você não é pó."
("O que acontece quando atingimos o sucesso muito cedo na vida?" - Luiz Felipe Pondé, em seu canal no YouTube, publicado em 15/04/19)



#sucesso, #fracasso, #mídiassociais, #blogueiros, #youtubers, #influenciadoresdigitais, #felicidade

domingo, 14 de abril de 2019

PANTON PIA - indígenas de Roraima


Panton Pia é um site que trata da cultura em geral dos indígenas de Roraima.
O idealizador é o Professor Devair Antonio Fiorotti e disponibiliza fotografias, partituras musicais, poemas etc. sobre os índios de Roraima.

KIM K. KATAGUIRI - escritor, deputado federal, estudante de Direito



LUIZ FELIPE PONDÉ - filósofo


"Esse tema da solidão está virando uma epidemia contemporânea, claro com uma metáfora, né, se não seria contagiosa, pra ser epidemia precisa ser contagiosa, mas é...
Algum tempo atrás, saiu na mídia que o Reino Unido estava preocupado querendo criar, assim, uma espécie de secretaria dentro do bem estar social que desse conta da solidão.
Eu acho que em alguma medida dá pra dizer que a solidão é uma epidemia contemporânea. Apesar de que essas ideias de que implicam num certo comparativo, elas são sempre perigosas, né, porque a gente não sabe se uma pessoa no século XIV se sentia só ou qual era o número de pessoas que se sentiam sozinhas ou a gente não sabe até que ponto, sei lá, uma pessoa que vivia com a família de 15 pessoas, também, não estava se sentindo sozinha dentro do ambiente familiar de 15 pessoas. Então não vamos complicar muito a questão.
Se nós entendermos solidão numa forma mais simples, no sentido de pessoas que vivem sozinhas, tá, que é essa a questão que está em jogo aqui, é assim que eu entendi a questão e é assim que é compreendida quando se levanta o debate de o que fazer com a solidão no mundo contemporâneo do século XXI, né, é assim que se entende, não é no sentido, digamos assim, mais sofisticado ou que seja mais complexo.
Entäo compreendendo solidão como viver sozinho, sem grandes vínculos, ou tendo-os perdido, certo... e portanto você vive só sem vínculos como marido, mulher, filhos, pais e mães ou alguma coisa assim, há, sim, me parece, uma tendência à solidão.
Essa tendência se dá, primeiro, por conta de uma diminuição do núcleo familiar. Quando a gente pensa em famílias mais antigas, né, que você passa uma, duas gerações pra trás, é provável que você descubra que você tinha, na sua família, mais filhos, né, você tinha primos e tios e tias, né, e todo mundo vivia mais ou menos junto, porque não tinha muito essa coisa... por exemplo, até hoje, tem uma pesquisa muito interessante nos EUA que  compara jovens das costas, né, leste, oeste e os jovens do centro e a pesquisa mostra que, por exemplo, as meninas do centro tendem a ser, do centro dos EUA, tendem a ser mães mais jovens, e terem mais filhos, e casarem jovens, e as irmãs também, e as mães, e as sogras, e as cunhadas, está vendo, você tem uma rede de pessoas, é isso que eu queria dizer.
Essa rede de pessoas que tende a existir em ambientes mais conservadores, não estou agregando nenhum juízo de valor aqui a essa ideia, mas sim a ambientes conservadores no sentido que são mais rurais, cidades menores, onde você tem menos mulheres no mercado de trabalho, por exemplo, ou mesmo os meninos tendem a seguir um número menor de opções de trabalho é... aí você tende a ter famílias mais volumosas, com maiores relações, então você tem aquilo que alguns chamavam de 'rede de solidariedade feninina informal', que era essa coisa de várias mulheres criando filhos delas todas, porque eram todas irmãs, cunhadas, sogras, mães e tal.
Quando você começa a ter uma diminuição desse núcleo familiar, você já tem uma... uma tendência maior de solidão, certo?!
Quando você tem, outro fator, quando você tem uma maior longevidade, você tem agora uma tendência a extensão da vida, com qualidade biológica de vida, né, você é... acaba também tendo maior presença da solidão. Porque se de um lado as famílias tendem a diminuir e as mulheres que costumavam cuidar dos pais idosos, quero dizer, ou traziam os pais pra morar em casa, né, elas têm vida profissional, então, hoje, você tem uma tendência terceirização dos idosos, assim como você tem uma tendência assim como essa terceirização dos filhos, uma diminuição do número de filhos, justamente, por conta do crescimento profissional, principalmente da mulher, então o que que acontece? O que ontece que você tem uma atomização da famílias, assim, a família vai diminuir de tamanho, as pessoas de dentro da família seguem o seu caminho, na medida que os filhos vão crescendo, número menor de filhos, o homem e a mulher seguem seu caminho profissional, então os idosos, eles são meio que  expelidos. Ou eles são pessoas autônomas, criaram patrimônio, tem uma vida signficativa, trabalham, ou eles vão para casa de repouso, né?!
Então você tem uma... uma epidemia de solidão entre idosos, por exemplo, são pessoas que não têm uma vida mais ativa profissionalmente, e a gente sabe que o principal eixo do significado da vida, hoje, é o trabalho, são pessoas que acabam vivendo sozinhas, o parceiro morre, né, ou alllmas delas se separaram ao longo do processo, e elas são sozinhas e elas, também, sofrem de solidão.
E o último exemplo, que me parece que reforça a ideia de que a solidão seja uma epidemia contemporânea eh obfsto de, entre os jovens, você ter uma, uma certa, digamos assim, piora de jovens que investem em vida afetiva ds longa duração. 
Então você, também, tem uma tendência de solidão entre os jovens, que é, você, às vezes? Tem trabalho, diversão, sexo e tal, mas você não tem... você tem uma certa resistência a vínculos de longa e médis duração, no sentido que esses membros seriam muito compromissados, muito difíceis, né, e que muitos jovens estão mais interessados em investir na carreira e em cachorros que em relacionamentos mais duradouros.
Então acho que tem aí, no mínimo, esses três fatores que nos levam a concluir de que, talvez, exista, mesmo, uma tendência à solidão como epidemua contemporânea,"
("A solidão está virando uma epidemia contemporânea?", Luiz Felipe Pondé, Canal YouTube, publicado em 11/04/19)


BIBLIOTECA DO MOSTEIRO DE SÃO BENTO DA BAHIA


O Mosteiro de São Bento da Bahia foi fundado em 1582.
Dispõe de acervo bibliográfico de obras raras dos séculos XVI ao XIX.
Encontramos manuscritos, iluminuras, livros, documentos históricos, cartas, testamentos, mapas, desenhos, projetos arquitetônicos, partituras musicais.


A Biblioteca conta com uma coleção de Livros do Tombo do Mosteiro de São Bento da Bahia. Há um conjunto documental que remonta à construção do patrimônio do cenóbio beneditino baiano dos século XVI ao XX.


Algumas obras restauradas e digitalizadas que podem ser encontradas:

- Obras Completas de Luiz de Camões - edição crítica com variantes, de 1873.
- Súmula "O Médico do povo, 1868 - instruções para cura e tratamento de moléstias.
- "Cartas Selectas", de Padre Antônio Vieira, de 1856.
- "Index Librorum Prohibitoroum", do Papa Bento XIV, de 1764.
- "História dos Judeus", de Flávio José, de 1793.
- "Cometario as Sentenças de Duns Scoto, do Fr. Nicolau de Orbellis", de 1503.
- "Suma Theologica Secundæ", de São Tomás de Aquino, de 1534.



quarta-feira, 10 de abril de 2019

LIVRO EM PDF - PANTON PIA: NARRATIVA ORAL INDÍGENA



'Panton Pia’: Narrativa Oral Indígena – registro na Terra Indígena São Marcos”

A obra, publicada em 2019, apresenta doze entrevistas com indígenas da região do Alto São Marcos, no município de Pacaraima, em Roraima, das etnias macuxi, taurepang e wapixana.

terça-feira, 9 de abril de 2019

RICARDO VENTURA - expert em persuasão, comunicador, palestrante, escritor




"Conteúdo não é promoção. Conteúdo é coisa que o seu cliente quer ouvir." (Ricardo Ventura)

"Quando você está achando que é tudo por dinheiro, você está recebendo mais do que você vale." (Ricardo Ventura em seu Canal do YouTube, vídeo de 26/02/20)

"Jamais mude a sua identidade." (Ricardo Ventura, Youtube, Canal Ricardo Ventura, 11/02/19)

"Pior do que mal feito é não feito".

sábado, 30 de março de 2019

DOCUMENTÁRIO - Venezuela: Uma Tragédia do Século XXI


Documentário produzido por Brasil Paralelo.
"Duas décadas de bolivarismo transformaram a Venezuela no país mais atrasado da América Latina.
Mas o que levou a nação que detém uma das maiores reservas de petróleo do mundo ao mais puro caos? Quais as semelhanças e diferenças entre a Venezuela e o Brasil?" (Insight Brasil Paralelo)


#venezuela, #bolivarismo, #hugochávez, #chavismo

sexta-feira, 22 de março de 2019

JALALADIM MAOMÉ RUMI





"A ferida é o lugar por onde a luz entra em você." (Rumi)

"Seja a neve derretendo. Lavar-se a partir de si mesmo." (Rumi)

"Assim que você começa a caminhar, o caminho aparece." (Rumi)

"Os amantes não se encontram finalmente nalgum lugar. Eles sempre estiveram um dentro do outro." (Rumi)

"Sua tarefa não é buscar amor, mas, meramente, buscar e encontrar todas as barreiras dentro de si próprio que você construiu contra o amor." (Rumi)

"Deixe a beleza do que você ama ser aquilo que você faz." (Rumi)

"Não se aflija. Qualquer coisa que você perde volta de outra forma." (Rumi)

"Porque você permanece na prisão, quando a porta está completamente aberta?" (Rumi)

"Continue a bater até que a alegria interior abra uma janela para ver quem está lá." (Rumi)

"Esquece o mundo e comanda o mundo. Seja a lâmpada, o barco salva-vidas, a escada. Saia de sua casa e, como o pastor, ajuda a curar a alma do teu próximo." (Rumi)

"Isto é amor: voar na direção de um céu secreto, fazer com que cem véus caiam a cada momento. Primeiro soltar-se da vida e, finalmente, dar um passo sem pés." (Rumi)

"A brisa do amanhecer tem segredos para lhe contar. Não volte a dormir." (Rumi)

"Deus te joga de um sentimento ao outro e te ensina, por meio de opostos, de modo que terás duas asas para voar, não uma." (Rumi)

"Para fora do círculo do tempo e para dentro do círculo do amor." (Rumi)

"Não se afaste. Mantenha seu olhar no lugar machucado. É por onde a luz entra em você." (Rumi)

"Dentro de você há um artista e você não o conhece. Diga sim, rapidamente, se você o conhece, se você o conheceu desde o começo do universo." (Rumi)





segunda-feira, 4 de março de 2019

MAHATMA GANDHI




Mahatma Karamchand Gandhi.

"Primeiro eles te ignoram, depois riem de você, depois brigam, e então você vence." (Mahatma Gandhi)

sexta-feira, 1 de março de 2019

SORAYA CHEMALY



Soraya Chemali fala, no TED, sobre o poder da raiva nas mulheres. Apesar de advertir quanto a ameaça, a insultos, aindignidade, a presença dessa emoção e seus efeitos é melhor do que se mantiverem não ouvidas, bem como potente fator de mudança.