segunda-feira, 11 de fevereiro de 2019

DJAVAN - "Flor de lis"


Músicas são linguagens harmoniosas da alma, orquestradas, literalmente, a ressoar dentro de nós.
Há um tempinho, tenho observado aa letras das canções, vislumbrando quão mais belas se tornam!

Curioso que as que mais gosto são frutos de estórias muito belas e encantadoras, profundas e intensas.

"Flor de lis" de Djavan é uma dessas canções, que sempre me tocou de modo particular e, quando soube de sua origem, então foi arrebatador.

Segue a letra:

"Valei-me, Deus!
é o fim do nosso amor
Perdoa, por favor
Eu sei que o erro aconteceu
Mas não sei o que fez
Tudo mudar de vez
Onde foi que eu errei?
Eu só sei que amei,
Que amei, que amei, que amei
Será talvez
Que minha ilusão
Foi dar meu coração
Com toda força
Pra essa moça
Me fazer feliz
E o destino não quis
Me ver como raiz
De uma flor de lis
E foi assim que eu vi
Nosso amor na poeira,
Poeira
Morto na beleza fria de Maria
E o meu jardim da vida
Ressecou, morreu
Do pé que brotou Maria
Nem margarida nasceu
E o meu jardim da vida
Ressecou, morreu
Do pé que brotou Maria
Nem margarida nasceu
Valei-me, Deus!
é o fim do nosso amor
Perdoa, por favor
Eu sei que o erro aconteceu
Mas não sei o que fez
Tudo mudar de vez
Onde foi que eu errei?
Eu só sei que amei,
Que amei, que amei, que amei
Será talvez
Que minha ilusão
Foi dar meu coração
Com toda força
Pra essa moça
Me fazer feliz
E o destino não quis
Me ver como raiz
De uma flor de lis
E foi assim que eu vi
Nosso amor na poeira,
Poeira
Morto na beleza fria de Maria
E o meu jardim da vida
Ressecou, morreu
Do pé que brotou Maria
Nem margarida nasceu
E o meu jardim da vida
Ressecou, morreu
Do pé que brotou Maria
Nem margarida nasceu"


Diz-se que Djavan relacionou-se, por amor, com Maria.
Maria engravidou de uma menina, a qual seria chamada de Margarida.
Por alguma razão, o parto não foi bem sucedido e Mãe e Filha não resistiram!
Triste ocorrido, mas eternizado lindamente na melodia do Pai orfão, que cantou sua dor, talvez para conseguir enfrentá-la.
É a própria ressureição de Maria e Margarida nas lembranças eternas que um Pai carregará por toda vida.
Chega a apertar meu peito.
Fazer calor da dor é algo tão refinado, delicado, de uma sofisticação salvífica belíssima.

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