sábado, 26 de maio de 2018
LUCRÉCIO - poeta e filósofo
Lucrécio (99a.C. a 55a.C.)
Outros nomes: Lucretius Carus, Titus Carus Lucretius, Tito Lucrécio Caro.
Foi poeta e filósofo latino que viveu no século I a.C.
Nasceu ca. 99 a.C. e viveu 44 anos. "Assim como Tertuliano, um dos primeiros Padres da Igreja, inventou a história de que o materialista Demócrito teria furado os próprios olhos por não suportar o desejo sexual despertado pela visão de jovens mulheres, assim também são Jerônimo inventou que Lucrécio teria bebido um filtro de amor, enlouquecido e escrito seu poema nos intervalos de lucidez, terminando por se suicidar. O mínimo que um leitor atento do Sobre a Natureza das Coisas pode afirmar é que essa obra jamais poderia ter sido escrita em 'intervalos de lucidez!"
Seus vários livros foram editados por Cícero.
Para Lucrécio, a alma é mortal. Após o decesso, resta um simulacro, os fantasmas que assombram os vivos. Deste modo, ele resgata a ideia epicurista de eidolon, termo grego. Ele afirma que o medo da morte criou o mito da imortalidade da alma.
A Teosofia sustenta a tese da alma morredoura, mas defende que o espírito, princípio que anima a alma, é o Ser que realmente sobrevive à morte.
É provável que tenha nascido em Roma, onde foi educado. Sua fama decorre do poema 'De rerum natura', onde expõe a filosofia de Epicuro de Samos.
Para Lucrécio, o epicurismo era a chave que poderia desvendar os segredos do universo e garantir a felicidade humana. Tão entusiasmado ficou que se propôs a tarefa de libertar os romanos do domínio religioso através do conhecimento da filosofia epicurista.
Em 'De rerum natura', Lucrécio apresenta a teoria de que a luz visível seria composta de pequenas partículas. Teoria incompleta, apesar de bastante consistente, é uma espécie de visão antiga da atual teoria dos fótons. Também neste poema, Lucrécio sustenta a ideia da existência de criaturas vivas que, apesar de invisíveis, teriam a capacidade de causar doenças. Esta ideia representa na realidade a base da microbiologia. Além de fonte preciosa para o conhecimento do epicurismo, o poema de Lucrécio tem grande importância literária e seus versos consagram o autor como um dos maiores poetas latinos.
Segundo o padre São Gerônimo, Lucrécio matou-se aos 44 anos de idade e seu poema foi escrito em intervalos de ataques de loucura. A bem da verdade, as "circunstâncias da vida e da morte de Lucrécio são desconhecidas. A habitual informação de que ele se suicidou em razão de crises de loucura, acrescidas de perturbações amorosas, não é plenamente confiável. Só há um registro nesse sentido, transmitido por São Jerônimo, que, em seu tempo, foi um grande opositor de Epicuro e do epicurismo” .
Referência: https://citacoes.in/autores/lucrecio/
"É preciso afugentar com ímpeto esse medo do Inferno que perturba profundamente a vida do homem, estendendo sobre tudo a lúgubre sombra de morte e não deixando existir nenhuma alegria serena e inteira.“ (Lucrécio)
"Tantos males a religião pôde aconselhar!" (Lucrécio)
"Assim como as crianças, que no escuro tremem de medo e temem tudo, nós, na claridade, às vezes temos receio de certas coisas que não são mais terríveis do que aquelas que as crianças temem no escuro e pensam que acontecerão a elas." (Lucrécio)
"O homem prudente lembra a si mesmo que até a mais bela mulher faz as mesmas coisas que a mulher feia: sua, elimina dejetos e abafa os cheiros corporais com perfume. O homem racional não se deixa ludibriar." (Lucrécio)
"Todos e tudo obedecem ao dinheiro." (Lucrécio)
"Para quem vive segundo os verdadeiros princípios, a grande riqueza seria viver com pouco, serenamente: o que é pouco nunca é escasso." (Lucrécio)
"Nada pode nascer do nada." (Lucrécio)
"Na verdade, aqueles suplícios que dizem existir no profundo Inferno, estão todos aqui, nas nossas vidas." (Lucrécio)
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