quarta-feira, 3 de fevereiro de 2021

CHICO XAVIER pelo Sociólogo PAULO R. SANTOS

"Chico Xavier - Humano

Anos atrás, um pouco antes de Chico Xavier retornar ao mundo espiritual, numa conversa com um dos seus parentes próximos ouvimos coisas interessantes a seu respeito, no que se referia ao relacionamento familiar.

Disse-nos o parente que as pessoas não conheciam bem Chico. Comentou que ele era um tanto 'genioso', como se diz na linguagem popular, ou temperamental, se desejarem. Aborrecia-se com algumas coisas da vida doméstica, dava broncas nos parentes como qualquer pessoa em plena vida familiar interiorana e, digamos, assim, normal.

Chico, ao que nos parece (como fez Gandhi), procurou criar uma filosofia de vida que o ajudasse a controlar suas broncas. Gandhi criou a 'não violência' como antídoto pessoal aos próprios acessos de ira, mesmo que justa e 'sagrada'. Chico exerceu a 'tolerância' além dos limites comuns e humanamente razoáveis. Deixou para outros o trabalho de aparar as arestas de umas tantas coisas.

Naquele café com prosa, ocorrido há tantos anos, pudemos saber algo mais sobre o Chico "humano". Saber dos detalhes dessa sua faceta de caráter não o diminui: ele até cresce, pelo esforço e empenho pessoal em superar a si mesmo e cumprir uma difícil missão. Bem-sucedida, diga-se de passagem!

Com o tempo, Chico Xavier decidiu deixar Pedro Leopoldo, tanto para evitar as coisinhas domésticas quanto para afastar-se de uma crescente legião de adoradores e aduladores.

Tinha um trabalho a fazer e não podia perder tempo com miudezas. Mudou-se para Uberaba, e de sua nova residência saíram muitos livros e também muitos exemplos: de tolerância, de dedicação e amor ao próximo."

Paulo R. Santos, sociólogo, professor e escritor, Divinópolis/MG.

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