quinta-feira, 2 de janeiro de 2020

RAYMOND ARON - filósofo e sociólogo francês



Raymond Aron (1905-1983) foi um filósofo e sociólogo francês, posicionou-se contra o marxismo.


De posição liberal (concepção brasileira) e não-liberal (para os norte-americanos), mas ele não se considerava um liberal, dadas suas ressalvas quanto ao liberalismo. Tampouco era um social democrata, nem conservador.

Avaliava o objeto de estudo de acordo com as especificidades do caso, com insenção crítica.

Quanto a sua história pessoal, teve uma filha com síndrome de Down (Laurence) e perdeu outra (Emanuelle) por leucemia aos seis anos de idade.


Foi amigo de Jeanpaul Sarte, a quem apresentou o Existencialismo, sendo divergentes na maturidade.



Tratou da infalibilidade do partido. Se o partido sustentar a verdade história, não pode falhar, tampouco haver divergência de pensamento interno no partido. Logo, dissidentes devem ser eliminados.

Não deve haver objetividade na análise dos fatos. Os fatos não podem ser analisados isoladamente, mas à luz da ideologia do partido. Há a relativização no exames dos fatos de acordo com a ótica a que se submeta.

"O ópio dos intelectuais" tratou de temas relacionados aos intelectuaus, ao marxismo, aos sistemas totalitários.

Teve Karl Marx como autor de formação pedagógica, o que não significa influência e consonância intelectual.

Em "O marxismo de Marx", propôs-se a ensinar a obra marxista à partir da leitura da própria obra.

Combatia o totalitarismo em qualquer gênero ou área.

Trechos de  "Ópio dos intelectuais" de Raymond Aron:

"Se a tolerância nasce da dúvida, que nos ensinem a duvidar de modelos e utopias, a recusar os profetas da salvação, os arautos de catástrofes." (Raymond Aron)

Marxismo como "religion de replancement", religiao dos ibtelectuais bem sucedida.

Marxistas desenvolveram o dogma do materialismo dialético, em que os fatos históricos são lidos (e distorcidos) à luz do determinismo histórico.

"O cristão não pode jamais ser um autêntico comunista, da mesma forma que este não poderia crer em Deus e no Cristo, porque a religião secular, animada por um ateísmo fundamental, professa que o destino do homem se cumpre todo sobre a terra e na cidade. O cristão progressista dissimula a si mesmo esta incompatibilidade."

O marxismo deixou de ser a filosofia imanente do proletariado para tornar-se uma filosofia de intelectuais que seduziu frações do proletariado, enquanto que o comunismo usa essa pseudo ciência para alcançar seu fim próprio, a tomada do poder.

Luta de classes como contradição fracassada entre assalariados da indústria e empresários que o comunismo tem mais dificuldade de explorar. Isto porque, nos países subdesenvolvidos os proletários não são numerosos o bastante e, nos capitalistas, não são suficientemente revolucionários.

"O ensinamento da razão é exatamente o contrário: a política permanece a arte da escolha sem retorno, em conjuntura imprevista, segundo um conhecimento incompleto. A pluralidade dos universos espirituais e a autonomia das atividades farão desembocar em tirania qualquer veleidade de planificação global."

Marxismo como sistema ideológico e não teoria científica.

Marx opoe a ideologia à ciência e à versase objetiva porque dizia que a economia liberal ignorava ou alterava os fatos para justificar o capitalismo.

Trechos de "O ópio dos intelectuais" de Raymon Aron:

"Daqui em diante, o conformismo da esquerda oscilará entre a ecologia - a luta contra a poluição, a defesa da qualidade de vida - e a denúncia dos conglomerados, do imperialismo e desigualdades."

"O liberal autêntico duvida de tudo e procura pacientemente onde está a verdade. Contudo, ele nunca duvida das suas convicções morais e intelectuais mais sólidas."

"O homem pensa ideologicamente porque a razão está submetida a forças não racionais, que a põem a serviço da vida ou da luta."

"Se a tolerância nasce da dúvida, que nos ensinem a duvidar de modelos e utopias, a recusar os profetas da salvação, os arautos de catástrofes." (Raymond Aron)

Marxismo como "religion de replancement", religiao dos ibtelectuais bem sucedida.

Marxistas desenvolveram o dogma do materialismo dialético, em que os fatos históricos são lidos (e distorcidos) à luz do determinismo histórico.

"O cristão não pode jamais ser um autêntico comunista, da mesma forma que este não poderia crer em Deus e no Cristo, porque a religião secular, animada por um ateísmo fundamental, professa que o destino do homem se cumpre todo sobre a terra e na cidade. O cristão progressista dissimula a si mesmo esta incompatibilidade."

O marxismo deixou de ser a filosofia imanente do proletariado para tornar-se uma filosofia de intelectuais que seduziu frações do proletariado, enquanto que o comunismo usa essa pseudo ciência para alcançar seu fim próprio, a tomada do poder.

Luta de classes como contradição fracassada entre assalariados da indústria e empresários que o comunismo tem mais dificuldade de explorar. Isto porque, nos países subdesenvolvidos os proletários não são numerosos o bastante e, nos capitalistas, não são suficientemente revolucionários.

"O ensinamento da razão é exatamente o contrário: a política permanece a arte da escolha sem retorno, em conjuntura imprevista, segundo um conhecimento incompleto. A pluralidade dos universos espirituais e a autonomia das atividades farão desembocar em tirania qualquer veleidade de planificação global."

Em 1930, "A esquerda apresenta-se como anti-capitalista e combina, numa síntese confusa, a propriedade pública dos instrumentos de produção, a hostilidade contra as concentrações do poder econômico batizados trustes e a desconfiança para com os mecanismos de mercado."

"Um poder revolucionário é por definição um poder tirânico. Exerce-se a despeito das leis, exprime a vontade de um grupo mais ou menos numeroso, não se importa nem deve importar-se com os interesses de tal ou tal fração do povo. A fase tirânica dura mais ou menos tempo seguindo as circunstâncias, mas nunca se consegur evitá-la ou, mais exatamente, quando se consegue evitá-la temos uma reforma e não uma revolução. A tomada e o exercício do poder pela violência pressupõem conflitos que a negociação e o compromisso não conseguem resolver, em outras palavras, o malogro dos processos democráticos. Revolução e democracia são noções contraditórias." (p. 70)

"No próprio marxismo encontramis três concepções divergentes de revolução: uma concepção blanquista - o da tomada do poder por um pequeno grupo de homens armados que, uma vez senhores do Estado, transformam as instituições; uma concepção evolutiva - a sociedade futura deve amadurecer no seio da sociedade presente antes que intervenha a crise final e salvadora; enfim, a concepção que se tornou aquela da revolução permanente - o partido operário exerce, pela superoferta, uma pressão constante sobre os partidos burgueses; utiliza as reformas consentidas por esses últimos para minar a ordem capitalista e preparar ao mesmo tempo sua vitória própria e o advento do socialismo. Essas três concepções deixam sobreviver a necessidade da violência, mas a segunda, o menos em acordo com o temperamento de Marx e o mais em acordo com a sociologia marxista, adia para um futuro indeterminado o momento da ruptura." (pp. 74-75)

"O socialismo retoma a si ideias mestras da idade burguesa: domínio das forças naturais, preocupação predominante com o conforto e a segurança de todos, recusa das desigualdadea de raça e de estado, a religião como assunto privado." (pp. 76-77)
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