domingo, 23 de junho de 2019

JEAN PIAGET - biólogo e psicólogo sueco



Jean Piaget (1896-1980) foi um sueco biólogo, mas que se debruçou na Psicologia do Desenvolvimento. Autor da Epistemologia genética.

Por intermédio de estudos rigorosos sobre experimentação, o autor concluiu que o desenvolvimento cognitivo humano se dá em uma mesma direção, independente de fatores como cultura, contexto social, político etc., resultando num conhecimento real pleno e completo a todos.

Não havia preocupação em formular uma teoria educacional.

Epigênese: o conhecimento não procdde nem da experiência única, nem de formação inata, isoladamente, mas de transformações sucessivas com elaborações de estruturas novas.

A gênese do conhecimento está no sujeito em interação com o objeto, construção de conhecimento a partir de suas estruturas internas.

Evolução da filogenia humana (construição do homem). Origem biológica autorregulatória isenta de processos de desenvolvimento isolado, mas ativada por processos de interação do organismo com o meio físico e social, fundantes do pensamento lógico.

Das formas primitivas da mente socializando, interagindo, são reorganizadas pela psique socializada. Relações interdependentes entre o sujeito conhecedor e o objeto a ser conhecido.

Equilibração - conhecimento do meio que explica o processo de desenvolvimento humano.

Os fatores invariantes e variantes (esquemas e unidade básica de pensamento) são básicos do desenvolvimemto humano. Ao nascer, apresenta estruturas sensoriais e neurológicas (sinapses). Inteligência não é herdada, mas construída na interação entre o homem o e meio ambiente em que ele estiver inserido.

Novas formas de adaptação por um processo de construir (equilibração) -  assimilação (tentativa de solucionar situação a partuirda estrutura cognitiva do momento) e acomodação (modificação da estrutura mental anterior, transformação).

Teoria sócio-interacionista: o conhecimento ocorre na interação entre o elemento orgânico e o ambiente, enfatizando as necessidades e a experiência.

A criança não é um adulto em miniatura, mas pensa conforme seus estágios de desenvolvimento, em que o conhecimento é construído continuamente por toda a vida, quais sejam, os que abarcam a infância e adolescência.

Características dos estágios: ordem de sucessão constante; apresentam idades médias variáveis; integração do conjunto existente e das reações particulares.

Estágios:
Período sensório-motor (0-2 anos): do nascimento até a aquisição da linguagem. Inteligência motora ou prática. Atividades ligadas aos estímulos somestésicos e motores, necessidade de interagir com o meio. Acões - reflexos, mecanismos hereditários, instintos, primeiras emoções. Não compreende abstração.

Período pré-operacional (2-7 anos):  capacidades - início do domínio da linguagem e representação do mundo por símbolos. Distinção das cousas e seus significados. Egocentrismo - dificuldade em aceitar a vontade do outro, centração em si. Linguagem - mudança de comportamento relacionada à aquisição da linguagem (relatar ações passadas e antecipar as futuras, logicidade). A linguagem traz o jogo simbólico, a imitação, animismo. Fase dos "porquês". Inteligência sensório-motora para a do pensamento, mediada pela linguagem e pela socialização, evolução integrativa de qualidade e quantidade de experiências.

Período operatório-concreto (7-12 anos):  aumento da capacidade de raciocínio, início da capacidade de reflexão diante do objeto. Ações operatórias - seriação e classificação (percepção das diferenças entre as coisas em níveis progressivamente mais complexos). Domínio dos conceitos de tempo e número. Sentimento de justiça. Desenvilvimento da socialização leva ao aumento da compreensão das regras.

Período operacional-formal (a partir dos 12 anos):  capacidade de pensamento abstrato, processa vários tipos de raciocínio. Ação aplicada às hipóteses. Ações combinatórias e correlatórias. Desenvolvimento de teorias., hipóteses. Hereditariedade, maturação e o meio são variáveis do desenvolvimento humano. Desenvolvimento moral - anomia (instinto), heteronomia (receber ordem e cumpri-la) e autonomia (assimilação e ação, senso crítico).

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